Notícia
Alemanha aprova estratégia de Draghi na compra de dívida
Porta-voz da chanceler alemã diz que independência do Banco Central Europeu não está em causa.
O Governo alemão apoia o plano delineado por Mario Draghi para fazer baixar os juros da dívida dos países da Zona Euro mais pressionados, através da compra de dívida no mercado secundário.
Segundo o porta-voz de Angela Merkel, o Executivo germânico “não está preocupado” com o anúncio efectuado pelo presidente do BCE, na última quinta-feira, afastando também as preocupações com as acusações de que o banco centra está a perder a sua independência.
Na sua declaração na semana passada, Mario Draghi “claramente endereçou aos políticos a primazia na resposta à crise do euro e o Governo [alemão] não tem dúvidas de que tudo que o BCE está a fazer cabe dentro do seu mandato”, afirmou Georg Streiter, citado pela Bloomberg.
Questionado quanto ao programa concreto de compra de dívida, Streiter reiterou que “pode concluir que tudo o que está a acontecer tem a aprovação do Governo” alemão.
Como assinala a Bloomberg, o apoio do Executivo alemão a Draghi deixa o presidente do Bundesbank mais isolado, já que Jens Weidman tem sido dos maiores críticos à possibilidade do BCE intervir no mercado secundário de dívida.
Também os partidos que integram a actual coligação governamental têm mostrado oposição à estratégia de Draghi. “Os contribuintes têm o direito de saber que riscos o BCE já assumiu ao abusar do sem mandato”, afirmou um deputado da CSU, classificando o plano de Draghi de “anti-democrático”. Streiter respondeu que seria vantajoso que o debate fosse feito com um “pouco mais de calma”.
Segundo o porta-voz de Angela Merkel, o Executivo germânico “não está preocupado” com o anúncio efectuado pelo presidente do BCE, na última quinta-feira, afastando também as preocupações com as acusações de que o banco centra está a perder a sua independência.
Questionado quanto ao programa concreto de compra de dívida, Streiter reiterou que “pode concluir que tudo o que está a acontecer tem a aprovação do Governo” alemão.
Como assinala a Bloomberg, o apoio do Executivo alemão a Draghi deixa o presidente do Bundesbank mais isolado, já que Jens Weidman tem sido dos maiores críticos à possibilidade do BCE intervir no mercado secundário de dívida.
Também os partidos que integram a actual coligação governamental têm mostrado oposição à estratégia de Draghi. “Os contribuintes têm o direito de saber que riscos o BCE já assumiu ao abusar do sem mandato”, afirmou um deputado da CSU, classificando o plano de Draghi de “anti-democrático”. Streiter respondeu que seria vantajoso que o debate fosse feito com um “pouco mais de calma”.