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Itália destaca "sucesso inegável" da cimeira do G7 com consensos entre participantes

Entre os temas abordados pelas sete maiores economias mundiais está o plano para conceder à Ucrânia um empréstimo de cerca de 46 mil milhões de euros a pagar com juros a partir de ativos russos congelados no estrangeiro.

O Governo liderado por Giorgia Meloni aprovou um orçamento que prevê cortes de impostos e aumento da despesa em 24 mil milhões de euros.
Juan Medina/Reuters
15 de Junho de 2024 às 17:45
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A primeira-ministra italiana disse neste sábado que a cimeira do G7 foi um "sucesso inegável", destacando o consenso entre os participantes em várias questões, como a guerra na Ucrânia e o conflito entre o Hamas e Israel em Gaza.

Giorgia Meloni deu como exemplo do sucesso da cimeira do G7, que Itália organizou entre quinta-feira e hoje em Puglia, a aprovação da "declaração final da reunião um dia antes do final", algo que "não acontece com muita frequência".

Entre os principais temas abordados pelas sete maiores economias mundiais está o plano para conceder à Ucrânia um empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 46.000 mil milhões de euros) a pagar com juros a partir de ativos russos congelados no estrangeiro.

"Só com a paz é que estes ativos serão descongelados", disse Meloni, numa mensagem dirigida à Rússia.

Na conferência de imprensa final da cimeira do G7, a primeira-ministra italiana esclareceu que a União Europeia não vai participar, por enquanto, no empréstimo de 50 mil milhões de dólares, avançando que este crédito será concedido pelos Estados Unidos da América, pelo Canadá, pelo Reino Unido e, provavelmente, pelo Japão, "de uma forma compatível com os seus limites constitucionais".

"De momento, as nações europeias não estão envolvidas neste empréstimo, porque os ativos estão todos ligados à Europa, pelo que a Europa já está a contribuir, identificando um mecanismo de garantia", disse, acrescentando que ainda há "pormenores técnicos a resolver".

Sobre as relações com a China, a primeira-ministra italiana sublinhou que o G7 queria enviar a Pequim a mensagem de que o grupo "está aberto ao diálogo, mas as empresas devem poder competir em condições de igualdade, num mercado livre baseado em regras".

Na sexta-feira, os líderes do G7 prometeram apoiar a Ucrânia "durante o tempo que for necessário" na guerra contra a Rússia e reafirmaram os "esforços coletivos para desarmar e drenar o financiamento do complexo militar-industrial russo", segundo o projeto de declaração final consultado pela agência noticiosa AFP.

Giorgia Meloni abordou ainda um ponto de discórdia que foi a possível inclusão do direito ao aborto no texto final das conclusões da cimeira dos líderes do G7.

"A controvérsia" sobre a palavra aborto na declaração final do G7 foi "construída de uma forma totalmente artificial", disse.

A discussão, "de facto, não existiu na cimeira" ou nas conversações, afirmou a chefe de Governo italiana, que, em declarações ao jornal La Repubblica, afirmou compreender as razões pelas quais surgem controvérsias, mas sublinhou que, pela parte italiana, a questão "não representou um problema".´

A proposta de declaração final da cimeira do G7 em Itália, conhecida na sexta-feira, condena a violação dos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+ (sigla relativa a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e outras orientações sexuais e identidades de género), mas a inclusão do direito ao aborto acabou em divergência.

Os primeiros rascunhos incluíam uma alusão explícita, que acabou deixada de lado, aparentemente devido às dúvidas do executivo de Meloni.
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