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Vendas de discos atingem máximos de 25 anos
As vendas de álbuns em formato vinil registaram um aumento de 53% em 2015, e atingiram em 2016 o valor mais alto desde 1991, data em que "Stars" de Simple Red se tornou o disco mais vendido.
Num ano marcado pela morte de nomes célebres no mundo da música, as vendas da indústria aumentaram, com os vinis a ultrapassarem os downloads, com mais de 3,2 milhões de discos vendidos.
O desaparecimento de nomes como Prince, David Bowie ou George Michael, é, de acordo com o The Guardian, o factor que levou a esta dinâmica no mercado discográfico. Bowie, por exemplo, foi o artista que mais vendeu em vinil em 2016, com cinco dos seus álbuns no top 30. O seu último projecto discográfico, Blackstar, foi nomeado para os Mercury Prize e foi o vinil mais vendido.
Números revelados pela British Phonographic Industry (BPI) revelam que o formato vinil subiu pelo nono ano consecutivo em 2016, nomeadamente com o evento Record Store Day e com a maior oferta dos destes discos em várias lojas e supermercados.
Vanessa Higgins, CEO da Regent Street, da Gold Bar Records e membro do conselho da BPI, sublinha que o vinil tem vindo a atrair não só os mais velhos como também as gerações mais novas. Embora o streaming tenha crescido 500% desde 2013, com 45 mil milhões de reproduções em 2016, as pessoas têm voltado a adquirir discos de vinil como forma de possuir de forma tangível a sua música.
A mesma fonte afirma que o streaming tem sido uma porta de acesso a descobertas musicais, que posteriormente podem trazer o desejo de comprar formatos físicos dos álbuns. A representante das editoras discográficas independentes junto da BPI afirma que 2017 será um ano em que artistas mais pequenos poderão beneficiar desta tendência.
Embora o vinil represente 5% do mercado discográfico, reporta o The Guardian, os discos estão a tornar-se uma importante fonte de rendimento das editoras discográficas e dos artistas.