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R(t) sobe para os 0,93, mas há quatro regiões acima de 1

O índice de transmissibilidade atingiu esta semana o valor de 0,93, mas é já superior a 1 no Alentejo, Algarve, Madeira e Açores, onde se espera que a pandemia cresça na semana que ai vem.

Ricardo Almeida
26 de Março de 2021 às 14:44
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O índice de transmissibilidade, o famoso R(t), voltou a subir pela terceira semana consecutiva, situando-se agora em 0,93 para a generalidade do país, mas Alentejo, Algarve, Madeira e Açores vêm a pandemia crescer pela primeira vez desde que se começaram a sentir os efeitos do confinamento.

Os valores disponibilizados semanalmente pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) simbolizam que, na generalidade do país, a pandemia está, por enquanto, controlada e é esperada uma manutenção da tendência decrescente do número diário de casos. Mas o cenário não é o mesmo para as regiões que apresentam um R(t) superior a 1, onde se espera que o número de casos seja superior a cada dia que passa. 

O aumento é mais evidente no Algarve, onde o índice atingiu o valor de 1,19, o que significa que cada 100 pessoas infetam 119.

No Alentejo o valor atingido foi de 1,02, na Madeira foi de 1,05 e nos Açores de 1,04. Embora mais próximo de 1, o valor do R(t) indica também nestas regiões um crescimento da pandemia. 

De salientar também que, segundo o plano de desconfinamento adotado pelo Governo, um R(t) acima de 1 é um sinal de alerta sobre o próximo passo de levantamento de medidas de restrição. Por enquanto, só o Alentejo, Algarve, Madeira e Açores estão em risco.

Mas nem tudo é mau, a incidência, que tem um peso mais relevante do que o R(t) no que toca à decisão de retirar medidas, segundo desceu hoje 14% face ao mesmo dia da semana passada, alcançando os 488 novos casos. Ainda assim, os números não têm sido estáveis, rondando a marca das 500 novas notificações há já várias semanas. 

Hoje registaram-se também menos 26 casos de internamento em enfermaria e mais um em unidades de cuidados intensivos. 

Na generalidade do país, o valor desta semana é o mais alto desde o relatório apresentado a 5 de fevereiro, altura em que Portugal registou um R(t) de 0,92 numa tendência decrescente que durava já há um mês. 

Segundo o Instituto Ricardo Jorge (INSA), o R(t) resulta de um exercício estatístico com um intervalo de confiança de 95%, "podendo o seu verdadeiro valor estar entre 0,91 e 0,94".

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