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Portugueses já se deslocam quase aos níveis pré-covid
O movimento de desconfinamento já é notório na afluência às ruas, afirma a consultora PSE. A circulação detetada nos últimos dias de maio e no primeiro de junho já está em níveis muito próximos daqueles que eram hábito antes do início do surto.
Quatro semanas após o início do desconfinamento, a mobilidade dos portugueses já se aproxima dos níveis registados antes da pandemia da covid-19, indicam os dados da consultora PSE.
A tendência de desconfinamento acentua-se aos fins-de-semana, assinala a consultora que baseia o estudo em dados recolhidos através de uma aplicação (app) instalada na amostra participante.
A PSE utiliza ainda um indicador designado "confinamento adicional", que se reporta à população que habitualmente saía mas que passou a ficar em casa, constatando-se que a diferença é agora de apenas 10 pontos percentuais face aos valores pré-pandemia. O confinamento adicional começou a notar-se na primeira semana de março e atingiu um pico entre 23 de março e 12 de abril, quando cerca de 60% da população mantinha-se em casa, em vez dos habituais 25%.
A partir do desconfinamento, a 4 de maio, a percentagem da população que fica em casa reduziu drasticamente, passando de cerca de 53% para os atuais 36,6%.
Já o índice de mobilidade tem vindo a aumentar desde 4 de maio, altura em que se situava nos 70% do nível pré-covid, até aos atuais 95%.
87% dos portugueses já sai à rua
A PSE contabiliza também a percentagem de pessoas que sai de casa pelo menos uma vez por semana, situando-se atualmente este valor nos 87,1%.
Antes da pandemia eram 93% os portugueses que iam à rua no mínimo uma vez numa semana.
A PSE indica que são as pessoas com mais de 60 anos de idade quem ainda mais se encontra confinada em casa, enquanto o escalão etário dos 30 aos 39 anos foi o que mais rapidamente desconfinou.
O estudo feito pela PSE tem como base uma app instalada nos telemóveis da amostra participante, através da qual monitoriza as deslocações, 24 horas por dia. O rigor, de acordo com a consultora, está assegurado pela localização obtida via GPS e pela dimensão da amostra representativa de um universo de 6.996.113 indivíduos residentes nas regiões do Grande Porto, Grande Lisboa, Litoral Norte, Litoral Centro e Distrito de Faro, sendo a margem de erro imputável ao estudo de 1,62% para um intervalo de confiança de 95%.
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