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Porque é que a segunda vaga parece diferente da primeira em cinco gráficos

Já não restam dúvidas de que a segunda vaga de covid-19 chegou a Portugal, mas os números da Direção-Geral de Saúde mostram, para já, diferenças assinaláveis face à primeira vaga. Veja quais são em cinco gráficos muito expressivos.

EPA
19 de Setembro de 2020 às 10:00
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A segunda vaga de casos que se começou a desenhar nas últimas semanas tem muitas diferenças face à primeira vaga de março. Tanto na sua dimensão, como também no perfil dos infetados e severidade da doença. 

Estes gráficos permitem-nos compreender melhor como está a evoluir a pandemia mas não nos dizem o que vai acontecer. Ainda é cedo para tirar conclusões. Todos os gráficos utilizam as médias móveis dos últimos sete dias.

Número de casos dispara mas testes positivos pouco sobem

Até agora, as atenções têm estado sobretudo centradas na evolução do número de casos positivos. No entanto, o número de casos depende em grande medida do número de testes, que duplicou em média face há cinco meses. No entanto, esta comparação é sempre condicionada pela alteração do padrão da população testada.



Internamento nos cuidados intensivos está a crescer pouco

O número médio de internamentos em enfermaria já começou a aumentar de forma visível mas está ainda muito distante do que se passou na primeira vaga de covid-19. Quanto aos internamentos nos cuidados intensivos, a subida é, para já, marginal. Há seis meses era quatro vezes mais elevado do que agora. 



Maioria dos novos casos são jovens

Neste gráfico, é bem visível a mudança do padrão demográfico nos novos casos. Desde maio que a maioria dos casos diários são de pessoas até aos 39 anos e em setembro o crescimento é muito mais forte neste escalão e no seguinte, até aos 69 anos. A partir dos 70 anos, em que os riscos são maiores, também aumentou mas mantém-se em níveis muito inferiores.



Taxa de letalidade desce entre os mais velhos 

Analisando a evolução da letalidade entre os mais velhos (abaixo dos 60 esta é marginal), há um claro recuo. Depois de atingir níveis máximos em maio, sofreu uma forte redução em junho. Em agosto, a tendência acentuou-se, prosseguindo também em setembro. Melhor gestão clínica e maior proteção dos idosos mais vulneráveis poderão explicar esta evolução.

 



Mortes sobem pouco e letalidade não pára de baixar 

O número de mortes atingiu o valor mais elevado em meados de abril, quando a média móveis de sete dias atingiu os 32 óbitos diários. Depois houve algumas subidas, sendo as duas mais relevantes em meados e finais de maio e depois em finais de junho e início de julho. Qualquer uma destas subidas é maior do que a que se verificou nas últimas semanas. Quanto à taxa de letalidade, esta está a baixar desde o início de junho, altura em que atingiu um pico de 4,37%. Agora, está em 2,86%.  

 



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