Notícia
Setembro já é o segundo mês com mais casos de covid-19 em Portugal
Em apenas 19 dias, setembro supera 10 mil novos contágios pelo coronavírus, um registo apenas superado pelos mais de 16 mil casos reportados em abril. E no Alentejo e Algarve é já o mês com mais infeções.
Foram necessários apenas 19 dias para setembro superar os 10 mil contágios pelo coronavírus e ser, desde já, o segundo mês com mais casos reportados. Pior só mesmo abril, quando o país contabilizou 16.736 infeções.
A média diária de novas infeções cifra-se em 543,9, ligeiramente inferior ao observado em abril, quando foram contabilizados, em média, 557,9 novos casos por dia.
E o próprio primeiro-ministro já admitiu que o número de contágios irá aumentar. António Costa referiu sexta-feira que na próxima semana atingir-se-á os mil novos casos diários.
Tudo sinais de que Portugal enfrenta já uma segunda vaga da pandemia, tal como outros países europeus.
No entanto, há indicadores que permitem encarar esta nova fase com mais segurança: o número de óbitos é bastante inferior, fruto, nomeadamente, de uma evolução nas terapêuticas para os casos mais graves; parte do aumento nos casos detectados resulta do reforço dos testes; a maioria das infeções ocorrem nos escalões etários que aparentam resistir melhor à doença - excluindo os pacientes com outras doenças associadas - e não tanto na população mais idosa e mais vulnerável.
Também ao nível da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) o aumento de casos não tem sido acompanhado, de forma tão notória por uma subida nos internamentos e, em particular, do número de doentes em cuidados intensivos. Ainda que, a partir de meados de abril, a estratégia do SNS tenha mudado, com menor recurso ao internamento. A 19 de setembro encontravam-se internados 511 pacientes, o número mais elevado desde 8 de julho, mas muito abaixo do pico de mais de mil registado ao longo de abril. Nos cuidados intensivos, os 63 doentes são menos do que os números observados, por exemplo, em julho.
Contudo, um facto indesmentível é que existe um recrudescimento na propagação do coronavírus. E, ao contrário do que sucedeu em junho e julho, o foco não se encontra centrado apenas em Lisboa e Vale do Tejo.
Alentejo e Algarve já com recorde de casos num mês
Nas regiões mais a sul do país, setembro é já o mês com maior número de casos.
No Alentejo, nestes 19 dias foram reportados 371 novos contágios, muito acima do máximo anterior de 245 casos detectados em todo o mês de julho.
Também no Algarve, as 280 novas infeções observadas superam os 260 casos registados no mês de junho, até agora o com maior número de contágios.
Na região Centro, os 791 casos ficam ainda abaixo dos números de março e abril, mas superam a soma dos contágios registados em julho e agosto.
E no Norte, a região mais atingida na fase inicial da pandemia, são já 3.854 os infetados em setembro. Um número ainda inferior a março (4.910) e abril (9.957), mas que equivale quase à soma dos casos de junho, julho e agosto (4.181).
Em Lisboa e Vale do Tejo, a região com mais casos (35.004), setembro é, para já, o quarto mês com maior número de contágios (4.964), atrás de junho, julho e maio. No entanto, face a agosto, as infeções são já mais 1.155.
Nos Açores e Madeira, as duas regiões de Portugal menos atingidas, os casos continuam a ser poucos, com as ilhas açorianas a contabilizar 243 infeções e o arquipélago madeirense a registar 204 contágios.
A média diária de novas infeções cifra-se em 543,9, ligeiramente inferior ao observado em abril, quando foram contabilizados, em média, 557,9 novos casos por dia.
Tudo sinais de que Portugal enfrenta já uma segunda vaga da pandemia, tal como outros países europeus.
No entanto, há indicadores que permitem encarar esta nova fase com mais segurança: o número de óbitos é bastante inferior, fruto, nomeadamente, de uma evolução nas terapêuticas para os casos mais graves; parte do aumento nos casos detectados resulta do reforço dos testes; a maioria das infeções ocorrem nos escalões etários que aparentam resistir melhor à doença - excluindo os pacientes com outras doenças associadas - e não tanto na população mais idosa e mais vulnerável.
Também ao nível da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) o aumento de casos não tem sido acompanhado, de forma tão notória por uma subida nos internamentos e, em particular, do número de doentes em cuidados intensivos. Ainda que, a partir de meados de abril, a estratégia do SNS tenha mudado, com menor recurso ao internamento. A 19 de setembro encontravam-se internados 511 pacientes, o número mais elevado desde 8 de julho, mas muito abaixo do pico de mais de mil registado ao longo de abril. Nos cuidados intensivos, os 63 doentes são menos do que os números observados, por exemplo, em julho.
Contudo, um facto indesmentível é que existe um recrudescimento na propagação do coronavírus. E, ao contrário do que sucedeu em junho e julho, o foco não se encontra centrado apenas em Lisboa e Vale do Tejo.
Alentejo e Algarve já com recorde de casos num mês
Nas regiões mais a sul do país, setembro é já o mês com maior número de casos.
No Alentejo, nestes 19 dias foram reportados 371 novos contágios, muito acima do máximo anterior de 245 casos detectados em todo o mês de julho.
Também no Algarve, as 280 novas infeções observadas superam os 260 casos registados no mês de junho, até agora o com maior número de contágios.
Na região Centro, os 791 casos ficam ainda abaixo dos números de março e abril, mas superam a soma dos contágios registados em julho e agosto.
E no Norte, a região mais atingida na fase inicial da pandemia, são já 3.854 os infetados em setembro. Um número ainda inferior a março (4.910) e abril (9.957), mas que equivale quase à soma dos casos de junho, julho e agosto (4.181).
Em Lisboa e Vale do Tejo, a região com mais casos (35.004), setembro é, para já, o quarto mês com maior número de contágios (4.964), atrás de junho, julho e maio. No entanto, face a agosto, as infeções são já mais 1.155.
Nos Açores e Madeira, as duas regiões de Portugal menos atingidas, os casos continuam a ser poucos, com as ilhas açorianas a contabilizar 243 infeções e o arquipélago madeirense a registar 204 contágios.