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Marcelo quer combate à pandemia e prevenção de segunda vaga em simultâneo

O Presidente da República continua alinhado com o primeiro-ministro e também considera necessário que a par do combate à crise sanitária em curso, Portugal deve também começar desde já a prevenir a eclosão de uma potencial segunda vaga da pandemia.

15 de Julho de 2020 às 16:26
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Concentrar esforços no combate à crise sanitária ou apostar desde já na prevenção e contenção dos efeitos de uma eventual segunda vaga da pandemia? "Acho que é preciso fazer as duas coisas ao mesmo tempo", responde Marcelo Rebelo de Sousa, que assim se mostra em sintonia com a apreensão hoje demonstrada pelo primeiro-ministro quanto à capacidade do país para reentrar em confinamento num cenário de agravamento da crise pandémica

"Será muito difícil voltar a repetir o confinamento [aplicado durante o estado de emergência], portanto tem de se encontrar uma fórmula de se antecipar, e substituir, uma solução radical prevenindo essa segunda onda", disse o Presidente da República em declarações aos jornalistas que foram transmitidas pela RTP3. 

Para Marcelo, que falava depois de um encontro com os dirigentes do Conselho Nacional de Juventude, "não podemos é deixar de ter os pés na terra e deixar de ter cuidado com esta onda que existe", a qual "ainda não despareceu, estabilizou mas existe". 

O Presidente sustenta que não se pode cair no erro de fazer uma coisa "bem portuguesa" e que passa por começar já a pensar com apreensão no que se passará dentro de alguns meses, negligenciando os cuidados que a crise sanitária exige nesta fase. 

Esta manhã, António Costa alertou que "não podemos voltar a repetir o confinamento que tivemos de impor durante o período do estado de emergência e nas semanas seguintes, porque a sociedade, as famílias e as pessoas não suportarão passar de novo pelo mesmo".

Marcelo assume preocupação com contas públicas
Questionado, nos jardins de Belém, sobre o facto de hoje, no Parlamento, o ministro das Finanças, João Leão, ter assumido a hipótese de um potencial segundo orçamento retificativo, assim como confirmado a revisão em alta do défice de 2020 de 6,3% para 7%, Marcelo disse que, nesta altura, "nenhum português, nenhum europeu e nenhum cidadão do mundo consciente" pode não estar apreensivo com a situação.

O Presidente apontou a "queda a pique em salários, rendimentos e atividade empresarial" como fatores que justificam essa preocupação quando se está já no "quinto mês de pandemia" e até "já se fala de uma segunda vaga".

Nesse sentido, destacou como decisivo que a União Europeia "não perca tempo a decidir" e assim evitar "pagar mais caro". Marcelo tentou assim dar uma mão aos esforços que o primeiro-ministro tem levado a cabo no sentido de que a cimeira europeia de 17 e 18 de julho permita aos líderes europeus chegar a acordo sobre o plano de relançamento económico da União.

(Notícia atualizada)

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