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Marcelo diz que manifestações são "legítimas" mas pede que se evite violência

O presidente da República considera que se dever evitar uma crise política e situações derivadas de violência, que em nada contribuem para a resolução da crise.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu ontem o primeiro-ministro e todos os líderes dos partidos com assento parlamentar. No final, deu uma entrevista à RTP.
António Cotrim/Lusa
14 de Novembro de 2020 às 13:12
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Marcelo Rebelo de Sousa considerou, este sábado, que as manifestações realizadas no país são "legítimas" e compreensíveis, após oito meses de pandemia e com muitas pessoas numa situação de fadiga. Ainda assim, o Presidente da República apelou a que estas manifestações sejam feitas sem violência.

 

"Quando decretei o estado de emergência, disse que ia haver cansaço, frustação e fadiga", realçou Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado pelas manifestações contra as medidas implementadas pelo Governo, à margem de uma missa que decorreu no Santuário de Fátima, pelas vítimas de covid-19.

O presidente refere, assim, que "as manifestações são uma manifestação desse estado de espírito e são legítimas. O que pedimos é que sejam feitas sem violência. Não podemos ter nem crises politica, nem situações derivado à violência, porque dissolvem o tecido social", acrescentou.

Marcelo reconheceu que "ninguém está feliz, nem está satisfeito" e há muitas pessoas que estão indignadas com uma situação que deixou muitos portugueses em layoff, sem trabalho ou com perdas de familiares devido à pandemia.

Apesar de reconhecer o direito das pessoas a manifestarem-se, o presidente diz que se deve evitar a entrada numa espiral de violência, uma situação que em nada ia contribuir para melhorar a situação do país.

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