Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Guterres sobre 2 milhões de mortes covid: "A ciência está a ter sucesso. A solidariedade está a falhar"

"A covid-19 não pode ser combatida um país de cada vez", afirma Guterres, num dia que fica marcado pela ascensão aos 2 milhões de vítimas da pandemia.

A carregar o vídeo ...
15 de Janeiro de 2021 às 17:57
  • 2
  • ...

No momento em que se chega ao patamar dos 2 milhões de mortes por covid-19, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, relembra o que está em causa e apela a uma maior coordenação e solidariedade no combate à pandemia, em particular no que diz respeito à distribuição de vacinas.

"O nosso mundo chegou a um patamar de partir o coração: a pandemia de covid-19 já levou dois milhões de vidas" e "por detrás deste número desconcertante estão nomes e caras: um sorriso que agora é só memória", relembra o secretário-geral da ONU.

Para Guterres, o impacto da pandemia em termos de vidas humanas "foi agravado pela ausência de um esforço global coordenado", pelo que defende que "o mundo devia atuar com muito maior solidariedade", e aproveita para lançar a discussão em torno das vacinas: "A ciência está ser bem sucedida – mas a solidariedade está a falhar".

O secretário-geral da ONU aponta que "as vacinas estão a chegar a países de elevados rendimentos rapidamente, enquanto os mais pobres não têm quaisquer vacinas", e acusa mesmo que "alguns países estão à procura de acordos laterais, mesmo além das necessidades", um comportamento que Guterres considera "autodestrutivo" e que terá o condão de atrasar uma recuperação global. "A covid-19 não pode ser combatida um país de cada vez".

Neste sentido, Guterres apela a um compromisso maior dos produtores de vacinas tanto para com as nações como também para com as estruturas da ONU que estão a dedicar-se a tornar as vacinas "disponíveis e a um preço acessível para todos". Estas estruturas precisam ainda de um "financiamento completo", assinala. Paralelamente, acredita que os países deveriam comprometer-se a "partilhar o excesso de doses de vacinas", e afirma que as maiores economias têm uma "especial responsabilidade" no "maior esforço de imunização global da história".

Além das mensagens para os governos e privados, Guterres deixa ainda espaço para apelar à sociedade civil que adote os comportamentos que "ajudam a mantermo-nos uns aos outros em segurança", como é o caso do uso de máscara, o distanciamento social e evitar multidões. 

Ver comentários
Saber mais António Guterres ONU questões sociais saúde política ambiente medicina preventiva organizações internacionais
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio