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Gráfico: um ano de mobilidade limitada. Por onde (não) andaram os portugueses?

Desde março de 2020, que os portugueses não podem ir onde querem. Veja neste gráfico as mudanças registadas nas deslocações ao comércio e restaurantes, nos transportes, nas idas para o trabalho e nos passeios ao parque. O desconfinamento já começou mas ainda estamos muito longe dos tempos anteriores à pandemia.

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As restrições à mobilidade e o encerramento forçado dos estabelecimentos comerciais obrigou a uma enorme mudança de hábitos das pessoas e mais de um ano depois nada voltou a ser como dantes.

Baseando-se nos dados de localização geográfica, a Google compara o número de visitas e respetiva duração por local e dia de semana com o período entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro de 2020, ou seja anterior à pandemia. As conclusões são impressionantes. O uso de transportes e as deslocação estavam, a 21 de março, 51% abaixo do "normal" pré-pandemia e o acesso ao comércio, restaurantes e lazer registava uma quebra de 47%.

As deslocações aos locais de trabalho continuavam 30% abaixo do normal e, em contrapartida, a presença nos locais de residência 15% acima do que era habitual.

Mesmo nos passeios nos parques e jardins, que foi a área onde se registou uma recuperação maior, continuava 16% abaixo do normal, o que é impressionante atendendo a que os espaços fechados estão quase todos fechados ou muito condicionados.

Apenas as idas aos supermercados e farmácias recuperou a normalidade.

Estes números da Google também permitem aferir o impacto das medidas restritivas tomadas pelo Governo. Por exemplo, o encerramento das escolas a 22 de fevereiro teve um impacto reduzido, restringindo pouco os movimentos face à forte quebra na mobilidade desencadeada pelo confinamento geral de 15 de janeiro.

Pelo contrário, no primeiro confinamento, a redução de atividade acentua-se muito com o fecho das escolas, mas nesse caso estas foram as primeiras a fechar. Quando o comércio e restauração encerrou cerca de uma semana depois já os portugueses se tinham fechado em casa, o que se explica pelo medo generalizado numa altura em que havia muito desconhecimento sobre o vírus e o país não estava preparado para lidar com ele.

Mas o melhor é ver com os seus próprios olhos e tirar as suas conclusões. Ao longo da evolução das seis linhas de mobilidade setorial encontrará 11 medidas que marcaram especialmente a atividade do país. 

As linhas do gráfico em cima indicam a evolução da variação percentual da mobilidade dos portugueses face aos valores medianos registados entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro de 2020 no número de visitas e duração por local e dia de semana. Abaixo de zero é uma quebra de mobilidade e acima de zero, um aumento.

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