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Economia registou “contração menos intensa” em julho, revela o INE

O indicador que mede o clima económico continuou a recuperar em junho, depois de ter atingido em abril o nível mais baixo de sempre.

Em Portugal, o período de progressivo desconfinamento iniciou-se a 4 de maio. Mas o pessimismo ainda impera.
Manuel de Almeida/Lusa
19 de Agosto de 2020 às 11:11
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A economia portuguesa continuou a contrair no mês de julho, mas de forma menos intensa do que nos meses anteriores, marcados pela imposição de medidas de restrições para conter a covid-19 que deixaram muitos setores quase paralisados.

"A informação disponível revela uma contração menos intensa da atividade económica em julho, quando comparada com o mês anterior", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) na Síntese de Conjuntura publicada esta quarta-feira.

O indicador de clima económico, que sintetiza a informação dos inquéritos às empresas, aumentou entre maio e julho, depois de ter atingido o valor mais baixo da série em abril.

O INE explica que os indicadores de confiança aumentaram em todos os setores de atividade, mas de forma mais expressiva na Indústria Transformadora. Já o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em julho, após ter recuperado nos dois meses anteriores.

No boletim, o INE mostra que o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco diminuiu 9,7% em julho, em termos homólogos, depois da queda de 14,4% em junho. As vendas de veículos automóveis registaram descidas de 17,6% nos automóveis ligeiros de passageiros e de 19,4% nos comerciais ligeiros e um aumento de 67,3% nos veículos pesados, que comparam com as quebras de 56,3%, 36% e 67% em junho, respetivamente.

No que respeita ao indicador de atividade económica, os dados mais recentes do INE são referentes ao mês de junho e apontam para a continuação da recuperação observada em maio, face aos mínimos de abril.

Olhando para as componentes deste indicador, que sintetiza um conjunto de dados quantitativos que refletem a evolução da economia, tanto o indicador quantitativo de consumo privado como o indicador de investimento apresentaram em junho uma diminuição homóloga menos intensa do que a verificada em maio.

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