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Covid-19: PS diz que foi acertado marcar eleições autárquicas já para setembro longe do Inverno
O secretário-geral adjunto do PS defendeu hoje que a campanha de vacinação está a resultar, existindo condições para começar a aliviar medidas restritivas, e que foi acertado marcar as eleições autárquicas já para setembro, afastando-as do Inverno.
27 de Julho de 2021 às 15:36
Esta posição foi transmitida por José Luís Carneiro após a 22.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que decorreu no auditório do Infarmed, em Lisboa, mas na qual participou por videoconferência.
O "numero dois" da direção do PS considerou que "a campanha de vacinação está a conseguir alcançar os seus resultados, permitindo diminuir a incidência da doença e reduzir o indicador de transmissão, o Rt, que hoje é de 1,04 em todo o país".
Perante os jornalistas, José Luís Carneiro sustentou que, com o avanço progressivo da vacinação, "é menor o recurso aos cuidados hospitalares e aos cuidados continuados, sendo também evidente uma redução do número de óbitos".
"Em nosso entender, há condições para começarmos a aliviar algumas das medidas restritivas, embora fazendo-o com elevado nível de responsabilidade", frisou.
Depois, o secretário-geral adjunto do PS referiu-se também a uma intervenção de um dos especialistas oradores na sessão do Infarmed, mais concretamente ao professor Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, que alertou para a possibilidade de uma "onda pequena" de covid-19 no próximo Inverno.
"Como hoje se pôde ouvir por parte de um dos responsáveis de saúde pública, o Inverno comporta um acréscimo de perigosidade (cerca de 30%) em relação ao contágio. Isto mostra bem que a decisão de termos eleições autárquicas o mais cedo possível -- o mais próximo do Verão possível -- encontra fundamento e respaldo na própria opinião da comunidade científica", declarou José Luís Carneiro, aqui numa crítica indireta ao PSD, que defendeu a realização de eleições autárquicas em novembro ou dezembro.
Interrogado sobre que medidas de abertura à sociedade deve o Governo tomar em Conselho de Ministros, na próxima quinta-feira, o secretário-geral adjunto do PS não entrou em detalhes e preferiu salientar a perspetiva de haver um consenso entre as diferentes forças políticas.
"Parece que há uma unanimidade política em torno do entendimento de que é possível aliviar as medidas restritivas, mas mantendo elevados níveis de responsabilidade individual e coletiva. O Governo ouve regularmente as autoridades de saúde e será com base nessa auscultação que essas medidas serão adotadas", justificou.
Na perspetiva de José Luís Carneiro, restrições que se colocam ao fim de semana em setores como a hotelaria e turismo, "desde que sejam acompanhadas por medidas não farmacológicas - ou seja, por medidas de contenção individual e coletiva -, é possível aliviar algumas delas".
"Mas o Conselho de Ministros é que vai decidir", acrescentou.