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Bares e restaurantes fecham mais cedo no Reino Unido e teletrabalho ganha força  

O ministro Michael Gove referiu que o governo vai incentivar os britânicos a trabalhar a partir de casa.

Reuters
22 de Setembro de 2020 às 08:01
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai anunciar hoje novas medidas restritivas para travar o agravamento da pandemia no país, como novos horários para os bares e restaurantes e incentivos para teletrabalho.

 

De acordo com o Guardian, o governo britânico vai obrigar os bares, pubs e restaurantes a encerrar às 22h00. Já a polícia terá poderes reforçados para aplicar multas de mil libras a quem violar as regras de distanciamento social de dois metros nestes estabelecimentos.

 

Estas medidas entram em vigor na quinta-feira e foram já confirmas por Michael Gove. Em declarações à Sky News, o ministro referiu ainda que o governo vai incentivar os britânicos a trabalhar a partir de casa.

 

"Se for possível as pessoas trabalharem a partir de casa, então vamos incentivar a que tal aconteça", disse Gove, salientando que "vai existir um ênfase neste tema". Acrescentou que "se podermos ajudar as pessoas no teletrabalho vamos fazê-lo".

 

Na segunda-feira o Governo britânico elevou o nível de alerta da pandemia para 4 e convocou uma reunião do conselho de emergência, a primeira desde 10 de maio, e que visa determinar medidas para situações de emergência nacional.

 

Boris Johnson foi aconselhado a adotar novas medidas de forma "rápida e agressiva" para conter o número de casos de covid-19 numa altura em que estes estão a duplicar a cada semana.

 

O Reino Unido anunciou ontem que registou 4.368 novas infeções pelo novo coronavírus e 11 mortes devido a covid-19 nas últimas 24 horas. No domingo tinham sido contabilizadas 3.899 novas infeções e 18 mortes, mas no sábado foram identificados 4.422 novos casos, o número mais alto desde maio.

O total acumulado no Reino Unido desde o início da pandemia da covid-19 passou hoje para 398.625 de casos de contágio confirmados e para 41.788 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.

 

O principal assessor científico do Governo, Patrick Vallance, e o diretor geral de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty, alertaram ontem para o risco de um "aumento exponencial" das mortes por covid-19 no país. 

 

Numa conferência de imprensa em Downing Street, a primeira sem membros do Governo presentes, Vallance disse que o número de infeções está a duplicar em média a cada sete dias e que, se este ritmo continuar, em meados de outubro o Reino Unido poderá registar 50 mil casos por dia. 

 

"Cinquenta mil casos por dia levaria, um mês mais tarde, em meados de novembro, a 200 mortes ou mais por dia", avisou Vallance, alertando que esta não é uma previsão de como a situação vai evoluir, mas "pretende mostrar a rapidez com que isto pode evoluir se a duplicação continuar".

  

Na sexta-feira, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, não descartou decretar um segundo confinamento nacional para conter a pandemia covid-19, embora tenha considerado esta opção um "último recurso".

 

O Governo britânico começou a aliviar em junho o confinamento decretado em 23 de março e a optar pelo combate de surtos localizados com restrições em regiões do norte e centro de Inglaterra. 

 

Nas últimas semanas, anunciou medidas a nível nacional em Inglaterra, nomeadamente a proibição de ajuntamentos com mais de seis pessoas e anunciou sanções para quem não respeitar as regras, ameaçando com multas de entre mil libras (1.090 euros) e dez mil libras (11 mil euros) para quem testar positivo ou apresente sintomas e não ficar em isolamento.

 

As autoridades determinaram que pessoas com sintomas, nomeadamente tosse contínua, temperatura alta ou perda de paladar e olfato, devem auto-isolar-se em casa durante 10 dias e aquelas que tenham estado em contacto próximo são aconselhadas a ficar 14 dias em isolamento. 

 

O Reino Unido é o país com o maior número de mortos na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México.

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