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Absentismo por covid “ameaça atividades de vigilância”, alerta setor da segurança

A Associação de Empresas de Segurança diz que o absentismo no setor está a atingir “níveis nunca vistos” e alerta para o facto de o pico de contágios poder deixar sem vigilância hospitais, aeroportos ou centros de saúde. Solução é diminuir período de isolamento, defendem.

Correio da Manhã
02 de Fevereiro de 2022 às 16:02
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Os casos de doença por covid-19, juntamente com as situações de isolamento profilático e assistência à família estão a provocar um "risco iminente de não haver vigilantes suficientes para a segurança e vigilância de instalações como aeroportos, hospitais, centros de saúde e também abastecimento de caixas multibanco". O alerta foi deixado esta quarta-feira pela Associação de Empresas de Segurança (AES), segundo a qual registam-se atualmente "níveis de absentismo nunca antes vistos, numa atividade já de si carenciada de profissionais". 

 

Uma situação que, prossegue a AES, "tende a agravar-se com o pico da pandemia previsto para meados de fevereiro".

 

"A frequência dos isolamentos e a sua extensão têm desguarnecido as empresas dos seus trabalhadores e criado dificuldades colossais no cumprimento das escalas", alerta Rogério Alves, presidente da associação. "É preciso evitar o ponto de rotura", remata.

 

Este setor emprega cerca de 37 mil pessoas e "subida exponencial do abstencionismo por Covid-19 faz-se sentir de sobremaneira", afirma a AES, que vem agora apelar a que o número de dias de isolamento passe de sete para apenas cinco dias, como forma de ajudar a resolver o problema. 

 

"Embora não seja uma solução perfeita, a redução de sete para cinco dias de isolamento, sem comprometer a saúde pública, mitigaria o impacto na gestão das empresas", afirma fonte oficial.

 

No início de janeiro, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales disse em entrevista à CNN Portugal que ficava "em aberto" a possibilidade da diminuição do período de isolamento para infetados com covid-19 assintomáticos e de contactos de risco para 5 dias. Uma decisão sobre isso dependeria do evoluir da pandemia. 

 

Entretanto, entidades como a CIP – Confederação Empresarial de Portugal e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) têm vindo a pressionar nesse sentido. 

 

Esta quarta-feira os números da DGS revelaram uma nova subida no número de infetados, que soma mais 54.693 casos, e de contactos em vigilância, mais 6.390, para os 645.697. Ao todo, entre doentes que testaram positivo (casos ativos) e contactos de risco que estão em isolamento contabilizam-se 1.258.710 pessoas. 

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