Notícia
Saldo comercial já está a melhorar, mas continua abaixo dos últimos três anos
O mês de Julho trouxe um maior excedente na balança de serviços, o que deu um impulso ao saldo comercial que tinha vindo a ser penalizado pela deterioração da balança de bens.
O turismo caminha para mais um ano recorde. Chegado o mês de Julho, tipicamente de férias, o desempenho deste sector foi suficiente para dar a volta no saldo comercial. O excedente continua aquém dos valores dos últimos anos, mas já dá sinais de melhoria depois de ter derrapado no arranque do ano. Os dados foram divulgados esta quarta-feira, dia 19 de Setembro, pelo Banco de Portugal.
"Em comparação com igual período de 2017, as balanças de bens e de serviços tiveram evoluções distintas", refere o Banco de Portugal, explicando que "o défice da balança de bens aumentou 1.129 milhões de euros enquanto o excedente da balança de serviços cresceu 858 milhões de euros, essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 5.396 milhões de euros para 6.222 milhões de euros".
Até Julho, as exportações de bens e serviços cresceram 7,8% (7,9% nos bens e 7,6% nos serviços) enquanto as importações aumentaram 8,6% (9,5% nos bens e 4,7% nos serviços), o que se reflectiu no saldo comercial.
Ou seja, o comércio internacional de bens intensificou o seu défice comercial, tendo atingido níveis pré-troika ainda que possa ser por bons motivos, ao passo que a componente de viagens e turismo (serviços) caminha para mais um ano de excedente recorde. Juntando os bens com os serviços chega-se a um excedente comercial de 1.220 milhões de euros nos primeiros sete meses de 2018.
O valor é positivo, mas os dados mostram que o excedente já foi maior. Desde 2013 - ano em que o saldo comercial passou a ser positivo - que o excedente comercial até Julho só em 2014 tinha sido inferior ao deste ano. Nesse ano foi de 947,5 milhões de euros nos primeiros sete meses. O valor máximo até Julho foi atingido em 2016 com um excedente de 2.074 milhões de euros.
A evolução dos números dos últimos anos mostra que as contas externas, nomeadamente o saldo comercial, tendem a registar um défice na primeira parte do ano, melhorando depois até ao final do ano. Ainda assim, é evidente que em 2018 o excedente está a encurtar ainda mais, intensificando a tendência já verificada em 2017. No ano passado o excedente comercial até Julho foi de 1.491 milhões de euros.
"Em comparação com igual período de 2017, as balanças de bens e de serviços tiveram evoluções distintas", refere o Banco de Portugal, explicando que "o défice da balança de bens aumentou 1.129 milhões de euros enquanto o excedente da balança de serviços cresceu 858 milhões de euros, essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 5.396 milhões de euros para 6.222 milhões de euros".
Ou seja, o comércio internacional de bens intensificou o seu défice comercial, tendo atingido níveis pré-troika ainda que possa ser por bons motivos, ao passo que a componente de viagens e turismo (serviços) caminha para mais um ano de excedente recorde. Juntando os bens com os serviços chega-se a um excedente comercial de 1.220 milhões de euros nos primeiros sete meses de 2018.
O valor é positivo, mas os dados mostram que o excedente já foi maior. Desde 2013 - ano em que o saldo comercial passou a ser positivo - que o excedente comercial até Julho só em 2014 tinha sido inferior ao deste ano. Nesse ano foi de 947,5 milhões de euros nos primeiros sete meses. O valor máximo até Julho foi atingido em 2016 com um excedente de 2.074 milhões de euros.
A evolução dos números dos últimos anos mostra que as contas externas, nomeadamente o saldo comercial, tendem a registar um défice na primeira parte do ano, melhorando depois até ao final do ano. Ainda assim, é evidente que em 2018 o excedente está a encurtar ainda mais, intensificando a tendência já verificada em 2017. No ano passado o excedente comercial até Julho foi de 1.491 milhões de euros.
Caso o défice comercial de bens continua a crescer, o excedente comercial dos serviços também. A sua maior componente, a das viagens e do turismo, registou um excedente de 6.222 milhões de euros até Julho, o maior de sempre nos primeiros sete meses de um ano. Os dados sinalizam que, se não houver surpresas negativas, o turismo voltará a quebrar recordes em 2018.Exportações de bens e serviços cresceram 7,8% e importações aumentaram 8,6% até julho #estatísticas https://t.co/wr2nzHqhCG pic.twitter.com/hdnoFklVHI
— Banco de Portugal (@bancodeportugal) 19 de setembro de 2018