Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

OCDE sobe previsão de crescimento dos EUA pela segunda vez desde vitória de Trump  

Estados Unidos e Reino Unido vão crescer mais do que a organização calculava em Novembro. Para a Zona Euro, não há mexidas.

Bloomberg
07 de Março de 2017 às 10:03
  • 1
  • ...

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que os Estados Unidos cresçam 2,4% neste ano, uma décima acima do que antecipava em Novembro, altura em que já revira em alta em duas décimas a sua previsão para o andamento da maior economia mundial.

 

Não obstante alertar para a incerteza que persiste sobre os contornos concretos do programa de governo da administração norte-americana, esta é a segunda vez que a organização sedeada em Paris eleva as perspectivas de crescimento para os Estados Unidos desde a eleição de Donald Trump, em 8 de Novembro último. Para 2018, a OCDE prevê uma nova aceleração da economia norte-americana mas a um ritmo de 2,8%, inferior aos 3% que antecipava no final do ano passado.

 

"As escolhas políticas, incluindo a composição das despesas orçamentais, impostos, regulação e comércio, provavelmente terão um impacto significativo nos resultados do crescimento", adverte a OCDE, no relatório publicado esta terça-feira, 7 de Março. Contudo, o cenário base assume taxas de juro de longo prazo mais elevadas e um dólar forte, e assenta na perspectiva de fortalecimento da procura interna "apoiado por ganhos no rendimento dos agregados familiares e por uma recuperação gradual da produção de energia", explica organização presidida por Angel Gurría.

 

Os novos números, divulgados pela OCDE nesta terça-feira, 7 de Março, no âmbito das previsões intercalares para as maiores economias mundiais (não há previsões actualizadas para Portugal), não mexem na previsão de crescimento médio da Zona Euro neste ano. Embora faça ligeiras revisões em alta (em uma décima, em todos os casos) para o andamento das três maiores economias da união monetária - Alemanha (1,8%), França (1,4%) e Itália (1%) -, a organização espera que a área do euro cresça os mesmos 1,6% que havia antecipado em Novembro, o que significa menos crescimento do que em 2016 (1,7%). Já em relação a 2018, a variação é de sinal negativo, com a OCDE a prever que a Zona Euro cresça de novo 1,6%, quando em Novembro antecipava uma pequena aceleração para 1,7%.

 

O Reino Unido é alvo da maior revisão em alta face a Novembro (mais quatro décimas) com a OCDE a prever um crescimento de 1,6%, igual ao da média da Zona Euro e inferior ao de 2016 (1,8%), esperando-se uma desaceleração mais forte em 2018, ano em que deverá estar concluído o processo de negociação do "Brexit", para apenas 1%, o valor mais baixo entre as principais economias do mundo.

 

Japão (1,2%), Canadá (2,1%), China (6,5%) e Índia (7,3%) deverão crescer um pouco mais do que o previsto em Novembro (variações a oscilar entre uma e três décimas). Já para o Brasil, a OCDE mantém a previsão de estagnação.

 

"Tem havido alguns sinais positivos de aceleração da actividade e, nos últimos meses, houve uma subida da confiança dos consumidores e das empresas nas economias avançadas e nalgumas emergentes. No entanto, as taxas de juros e os preços do petróleo têm aumentado, o que poderá anular parcialmente este resultado, embora os preços mais elevados das matérias-primas beneficie algumas economias de mercado emergentes", resume a OCDE que manteve inalterada a sua previsão para o crescimento global em 3,3% neste ano e 3,6% no próximo. 

Ver comentários
Saber mais Reino Unido OCDE Estados Unidos Donald Trump Japão Angel Gurría Zona Euro Alemanha
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio