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Mais lenta, mais vulnerável e pessimista. A economia da UE a caminho do fim do ano

A economia da União Europeia e da Zona Euro dá sinais claros de abrandamento e o pessimismo é generalizado, dizem os indicadores mais recentes do Eurostat.

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Yves Herman/Reuters
20 de Novembro de 2022 às 15:00
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No terceiro trimestre deste ano, a economia da União Europeia (UE) continuou a crescer, mas a um ritmo mais lento que nos trimestres anteriores. A produção industrial e as vendas do retalho ainda estavam a aguentar-se, mas o pessimismo dos europeus está a aumentar.

Em linhas gerais, é esta a conclusão que se retira dos indicadores selecionados pelo Eurostat no painel de recuperação preparado pelo gabinete europeu de estatística para avaliar a situação económica e social da UE na saída da crise pandémica.


De acordo com os últimos dados publicados no final da semana passada, além do claro abrandamento no terceiro trimestre, a economia europeia "permaneceu vulnerável aos choques nos mercados de commodities" devido à invasão russa da Ucrânia. "A inflação atingiu um novo recorde em outubro, suportada pelos preços da energia e dos alimentos", refere o Eurostat.

No terceiro trimestre, PIB registou uma "expansão moderada pelo sétimo trimestre consecutivo, mas a um ritmo mais lento" face aos três meses anteriores. Em cadeia, o produto interno bruto cresceu 0,2% entre julho e setembro, depois de uma dilatação de 0,7% no segundo trimestre. Já Portugal cresceu 0,4%, acima da média europeia e dos países da moeda única.

Sinal da desaceleração económica está também a produção industrial que apesar de ter crescido em setembro pelo segundo mês, ocorreu a um ritmo mais lento, ficando ainda mais acima dos níveis pré-pandemia.

Os dados mais modestos da economia e mais exuberantes da inflação estão refletidos no sentimento económico que "continuou a decrescer em outubro, caindo para valores abaixo do pré-pandemia". Este indicador caiu 1,5 pontos para 90,9 em outubro, atingindo o seu valor mais baixo desde agosto de 2020. Comparando com os níveis pré-pandemia, em fevereiro de 2020, o sentimento económico ainda estava 14,5 pontos abaixo desse período em outubro deste ano.

Outro indicador a dar conta de nuvens negras no horizonte são as declarações de falências na União Europeia que aumentaram de forma marcada no terceiro trimestre, apesar de se manter abaixo dos níveis pré-covid. Em Portugal, por seu lado, verificou-se uma queda de 2,9% face ao trimestre anterior.

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