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Maior economia do euro volta a crescer no segundo trimestre

Só a aceleração das importações superior à das vendas ao exterior travou maior progressão na economia alemã, cujo crescimento entre Abril e Junho foi impulsionado pela procura interna e investimento.

Reuters
15 de Agosto de 2017 às 07:28
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A economia alemã, a mais importante da Zona Euro, fechou o segundo trimestre com um crescimento de 0,6%, um valor ligeiramente abaixo dos 0,7% esperados pelos analistas sondados pela Bloomberg, mas que foi acompanhado pela revisão em alta dos dados do primeiro trimestre, que avançou afinal 0,7%.

Em termos anuais, a economia avançou 2,1% em relação ao segundo trimestre de 2016, sustentada por maior procura interna e mais investimento. O número foi no entanto penalizado por uma aceleração maior das importações que das vendas ao estrangeiro.

"A taxa de desemprego é muito baixa, a economia tem-se saído bem – particularmente pelos padrões da Zona Euro – por isso é possível que isso venha a impulsionar o partido incumbente [os democratas-cristãos da CDU]," afirmou Jack Allen, da Capital Economics, à Bloomberg.

Os dados do gabinete federal de estatísticas chegam a semanas das eleições no país que colocam a chanceler Angela Merkel como candidata a um quarto mandato. Merkel está bem posicionada para o sufrágio de 24 de Setembro, com uma vantagem de 17 pontos em relação ao seu mais directo adversário, o candidato do SPD Martin Schulz.

A força do euro poderá vir a condicionar maiores crescimentos da economia no futuro, ao penalizar as exportações germânicas, sugere Florian Hense, do Berenberg Bank, que considera que os últimos dados conhecidos junto dos gestores de compras – que sinalizam a evolução da economia – "assinalam que se atingiu uma espécie de patamar", à medida que as empresas enfrentam limitações de capacidade e lidam com a apreciação da moeda única.

Na sequência destes resultados - e da revisão em alta do crescimento no primeiro trimestre - o Commerzbank anunciou, numa nota a que o Negócios teve acesso, a melhoria das suas perspectivas para a economia germânica, antecipando agora que o PIB venha a crescer 2% em relação aos 1,6% anteriormente previstos.

(Notícia actualizada às 8:28 com mais informação)

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