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Confiança das famílias afunda para níveis do início da covid. Sentimento das empresas também piora

Segundo o INE, a confiança das famílias voltou a cair, estando agora em níveis do início da pandemia. Também o sentimento das empresas piorou em outubro, alastrando-se à generalidade dos setores.

Miguel Baltazar
28 de Outubro de 2022 às 09:42
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A confiança das famílias afundou em setembro e outubro, atingindo um valor próximo do início da pandemia de covid-19, em abril de 2020. Também o indicador de clima económico, que avalia o sentimento das empresas, piorou em outubro.

A conclusão é deixada pelo INE, que divulgou nesta sexta-feira, 28 de outubro, os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores. 

No que diz respeito às famílias, descreve o INE, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou nos últimos dois meses, renovando o valor máximo da série. A queda em outubro deveu-se à expectativa das famílias com a sua situação financeira, que esperam que se agrave nos próximos meses. Em sentido contrário, nota o INE, as perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias contribuíram positivamente para o indicador. 

Já o saldo das expectativas das famílias relativas à evolução futura da situação económica do país diminuiu nos últimos dois meses, mais expressivamente em outubro, atingindo o valor mais baixo desde abril de 2020 aquando do início da pandemia.

Relativamente às empresas, o indicador de clima económico "diminuiu entre agosto e outubro, reforçando o movimento descendente iniciado em março e atingindo o mínimo desde abril de 2021", com a confiança dos setores da indústria transformadora, da construção e obras públicas, do comércio e dos serviços a diminuírem de forma generalizada. 

Segundo o INE, a evolução do indicador no último mês refletiu o contributo negativo das apreciações sobre a carteira de encomendas e as perspetivas de emprego - "mais intenso" neste último caso.

"Os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentaram significativamente em setembro e outubro no Comércio e na Indústria Transformadora, embora situando-se ainda em níveis inferiores aos máximos das séries observados em março e abril, respetivamente", descreve o INE.

Este saldo diminuiu nos serviços e de "forma ligeira" na construção e obras públicas, permanecendo em níveis inferiores aos máximos atingidos em abril e junho. 


(Notícia atualizada com mais informação) 

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