Notícia
Atividade económica abranda em fevereiro. Economia do euro também desacelera
Travagem no crescimento económico verificou-se na indústria, serviços e na construção. Na Europa, a atividade económica está a perder gás, um ano depois do início da guerra na Ucrânia e depois de o BCE ter aumentado as taxas de juro para conter a inflação.
A atividade económica abrandou em fevereiro, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A travagem no crescimento económico de Portugal acontece numa altura em que, também na Europa, a atividade económica está a perder gás, um ano depois do início da guerra na Ucrânia.
"Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para fevereiro, apontam para uma desaceleração na indústria, nos serviços em termos nominais e, em termos reais, na construção", indica o INE, na síntese de conjuntura relativa ao mês de março com os dados finais de fevereiro.
Face a isso, o INE indica que o indicador de atividade económica, "que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, desacelerou, em termos homólogos, em fevereiro, após a forte aceleração verificada em janeiro". Este indicador tinha já diminuído em novembro e dezembro, precisa a autoridade estatística.
Olhando para os setores, verifica-se que, em termos nominais (que não desconta os efeitos da inflação), o índice de volume de negócios na indústria abrandou em fevereiro para 4,3%, em termos homólogos, quando no mês anterior o aumento foi de 12,6%. Excluindo energia, as vendas na indústria abrandaram de 13,6% em janeiro para 7,4% em fevereiro.
Nos serviços, a variação homóloga do volume de negócios abrandou de 13,8% para 9,9% em fevereiro. O índice de volume de negócios no comércio a retalho (deflacionado e ajustado de sazonalidade) aumentou 0,4%, desacelerando face à variação de 3,7% verificada no mês anterior, refletindo uma desaceleração nos produtos alimentares e não alimentares.
Já na construção, o índice de produção desacelerou para uma variação homóloga de 2,6% em fevereiro, após ter aumentado 6,0% no mês precedente.
Consumo privado desacelera
Apesar de os preços estarem a recuar há vários meses consecutivos, o INE dá conta de que "o indicador quantitativo de consumo privado desacelerou em fevereiro, após ter acelerado em dezembro e janeiro, retomando o perfil descendente observado entre agosto e novembro". Em fevereiro, houve um contributo positivo "menos intenso de ambas as componentes: consumo corrente e consumo duradouro".
Esse recuo no consumo das famílias pode estar já a dever-se ao efeito da subida das taxas de juro, que têm como objetivo travar o consumo e, assim, fazer descer os preços de venda ao consumidor.
Ainda assim, o indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e março, pondo fim ao "perfil negativo" dos três meses anteriores.
Na Europa, "o indicador de sentimento económico da área do euro registou um ligeiro decréscimo em março, à semelhança do observado no mês anterior". "Esta evolução refletiu a diminuição dos indicadores de confiança no comércio a retalho, na construção e na indústria e, em menor grau, nos serviços", indica o INE.
Ainda que de forma "ténue", também o indicador de confiança dos consumidores diminuiu, "interrompendo o perfil ascendente observado nos últimos cinco meses".
(Notícia atualizada às 11:40)
"Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para fevereiro, apontam para uma desaceleração na indústria, nos serviços em termos nominais e, em termos reais, na construção", indica o INE, na síntese de conjuntura relativa ao mês de março com os dados finais de fevereiro.
Olhando para os setores, verifica-se que, em termos nominais (que não desconta os efeitos da inflação), o índice de volume de negócios na indústria abrandou em fevereiro para 4,3%, em termos homólogos, quando no mês anterior o aumento foi de 12,6%. Excluindo energia, as vendas na indústria abrandaram de 13,6% em janeiro para 7,4% em fevereiro.
Nos serviços, a variação homóloga do volume de negócios abrandou de 13,8% para 9,9% em fevereiro. O índice de volume de negócios no comércio a retalho (deflacionado e ajustado de sazonalidade) aumentou 0,4%, desacelerando face à variação de 3,7% verificada no mês anterior, refletindo uma desaceleração nos produtos alimentares e não alimentares.
Já na construção, o índice de produção desacelerou para uma variação homóloga de 2,6% em fevereiro, após ter aumentado 6,0% no mês precedente.
Consumo privado desacelera
Apesar de os preços estarem a recuar há vários meses consecutivos, o INE dá conta de que "o indicador quantitativo de consumo privado desacelerou em fevereiro, após ter acelerado em dezembro e janeiro, retomando o perfil descendente observado entre agosto e novembro". Em fevereiro, houve um contributo positivo "menos intenso de ambas as componentes: consumo corrente e consumo duradouro".
Esse recuo no consumo das famílias pode estar já a dever-se ao efeito da subida das taxas de juro, que têm como objetivo travar o consumo e, assim, fazer descer os preços de venda ao consumidor.
Ainda assim, o indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e março, pondo fim ao "perfil negativo" dos três meses anteriores.
Na Europa, "o indicador de sentimento económico da área do euro registou um ligeiro decréscimo em março, à semelhança do observado no mês anterior". "Esta evolução refletiu a diminuição dos indicadores de confiança no comércio a retalho, na construção e na indústria e, em menor grau, nos serviços", indica o INE.
Ainda que de forma "ténue", também o indicador de confiança dos consumidores diminuiu, "interrompendo o perfil ascendente observado nos últimos cinco meses".
(Notícia atualizada às 11:40)