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Relógio de Portas para a saída da troika está errado

O relógio digital que Paulo Portas inaugurou no congresso da Juventude Popular, e que indica o tempo que falta até à saída da troika, deixa os credores em Portugal mais um mês do que o previsto.

Bruno Simão/Negócios
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A saída da troika de Portugal tem sido muito valorizada pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas. Com ela chegará “o fim do tempo do protectorado” e o País vai reaver “uma parte da autonomia e liberdade enquanto nação”. O resgate a que Portugal está sujeito foi, até, descrito por Paulo Portas como “vexatório” e “humilhante”. Por isso, a saída da troika será especialmente importante.

 

A saída da troika assumiu tamanha importância no discurso do CDS que no último congresso da Juventude Popular (JP), a 15 de Dezembro de 2013, Paulo Portas foi chamado a inaugurar, ao som de “AC/DC”, um relógio digital que contava os meses, dias, horas, minutos e segundos até à saída dos credores internacionais. O objectivo, confirmou ao Negócios o líder da JP, Miguel Pires da Silva, era marcar o tempo que falta até 17 de Maio de 2014.

 

Essa foi também a data apontada hoje pelo eurodeputado austríaco Othmar Karas, que está a analisar a actuação da troika, e reafirmada por Paulo Portas, hoje também: “Portugal termina o seu programa a 17 de 

Maio”. Isto numa altura em que estão ainda em cima da mesa quatro cenários para o pós-troika.

 

Acontece que o relógio está atrasado cerca de um mês. Conforme se vê na fotografia, tirada na tarde desta terça-feira, às 17h52, pelo Negócios na sede do CDS, no Largo do Caldas, o equipamento indica que faltam cinco meses e nove dias para a saída da troika. Porém, até ao dia 18 de Maio, faltam, na realidade, quatro meses e nove dias. Ou seja, o relógio diz que a troika só sai de Portugal a 18 de Junho, prolongando a estadia da troika em Portugal por mais um mês.

 

"O erro já vem de trás. No dia da inauguração, a 15 de Dezembro, o relógio indicava que faltavam seis meses e três dias para a partida da troika. Fazendo as contas, o relógio apontava a saída da troika para o dia 18 de Junho, à meia-noite, e não para 18 de Maio.

 

Confrontada pelo Negócios, fonte oficial do CDS não conseguiu explicar por que razão a data está errada. O assessor de imprensa disse ser "normal, muita gente julga que é em Junho, mas não, é em Maio" que a troika sai do País. "São jovens, a ideia é o que conta", acrescentou, lembrando que o relógio foi ideia da JP. "Que todos os problemas fossem esse. Esse acerta-se".

 

Negócios já tinha confrontado Miguel Pires da Silva com esta discrepância, tendo este argumentado que o erro deve ter surgido quando o relógio foi ligado após o transporte.

 

 

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