Luís Parreirão apresenta um livro de gestão ilustrado, raro em Portugal.
Estima-se que, em Portugal, as empresas familiares contribuam para 65% do PIB e sejam respon- sáveis por 50% do emprego, relevância socioeconómica que se verifica um pouco por todo o mundo. Mas como funcionam as relações entre essas famílias e as suas empresas? E qual é a diferença entre empresas familiares e famílias empresárias? Luís Parreirão, administrador do Family Office da Família Mota, do Grupo Mota-Engil, analisou o perfil destas corporações e apresenta agora as conclusões do seu estudo no livro Empresas Familiares-Famílias Empresárias: Onde Está o Substantivo? / Family Companies-Entrepreneurial Families: Where Is the Noun?
Uma raridade em Portugal, este ensaio sobre gestão inclui ilustrações de Alberto Rocco. Chega à rede livreira nacional, numa edição bilingue (português e inglês) da Guerra e Paz, prefaciada por António Mota, presidente do Conselho de Administração do Grupo Mota-Engil.
Se é verdade que a maioria das empresas familiares tiveram sempre como base o ADN do seu fundador, é também verdade que, nas últimas décadas, o conceito de família mudou muito mais do que o de empresa. No livro Empresas Familiares-Famílias Empresárias: Onde Está o Substan- tivo? Luís Parreirão, administrador do Family Office da Família Mota, afirma que, «às famílias centradas na figura patriarcal, sucederam famílias mais plurais, de maior dimensão, com relações que se criam, mas que também se rompem. As famílias ganharam uma complexidade na sua composição e na diversidade dos interesses dos seus membros que impõe novas fórmulas de organização como condição de sobrevivência.»
É justamente dessa alteração de paradigma do «predomínio fundacional» que nasce uma altera- ção semântica: às empresas familiares sucedem agora as famílias empresárias. Este modelo traz consigo a preservação destas companhias, mas traz também novos desafios, sempre que os agregados familiares crescem ou se verifica um aumento do potencial económico do negócio.
Diz o autor que, «a esta complexidade, as famílias empresárias respondem, ou podem responder, evoluindo para famílias investidoras», ainda que não existam, acrescenta, «modelos nem respostas pré-formatadas e cada família tem de construir o seu próprio modelo».
Conclui Luís Parreirão, neste seu estudo sui generis exemplarmente ilustrado por Alberto Rocco, que «o substantivo está na família», porque «se a família é o centro da actividade, é na família que tem de ser encontrada a capacidade de organização voluntária que viabilize o conjunto família-empresa-investi- mento». O gestor aborda também o futuro dos instrumentos de governança Family Office e Family Hub, bem como o padrão de crescimento das Family Companies, com recurso a dados do Euronext e do índice Family Business.
Numa perspectiva genérica das empresas familiares, em Portugal e no mundo, Empresas Familia- res-Famílias Empresárias: Onde Está o Substantivo? apresenta a visão imprescindível de quem vive profissionalmente esta área há mais de 20 anos. Ideal para estudantes de gestão e leitores interessados na temática, Empresas Familiares-Famílias Empresárias: Onde Está o Substantivo? chega à rede livreira numa edição bilingue (português e inglês) traduzida por Joana Riquito, com a chancela da Guerra e Paz e um prefácio de António Mota, presidente do Conselho de Administração do Grupo Mota-Engil.