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Uma associação com impacto no setor agroalimentar

A Portugal Fresh nasceu para promover a produção nacional e o seu caminho tem sido um sucesso, contribuindo decisivamente para a exportação de fruta, legumes e flores.

10 de Maio de 2024 às 11:35
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Fundada em 2010, a Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal tem ganho importância no setor agroalimentar nacional, contando hoje com 112 sócios que representam cerca de 5.000 agricultores.

Criada inicialmente com o objetivo de ajudar as empresas a promover a produção nacional, valorizando as características dos nossos frutos, legumes, flores e plantas ornamentais, a operação tem sido um êxito dentro do panorama da atividade. "Em mais de uma década, o trabalho efetuado pela Portugal Fresh mostra bem o impacto que iniciativas coletivas podem ter para as empresas e para os consumidores", começa por realçar Gonçalo Santos Andrade, presidente da associação. Por este motivo, o responsável máximo da Portugal Fresh foi convidado a participar no projeto Semear o Futuro, iniciativa criada pela CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal e pela Mercadona, cuja missão é discutir temas atuais do setor agroalimentar, destacar boas-práticas e dar a conhecer projetos inovadores, procurando estabelecer a ligação entre a produção e o consumidor.

O bom trabalho levado a cabo pela Portugal Fresh, nestes quase 15 anos de operação, fica patente nos números que tem para mostrar e para os quais tem contribuído decisivamente. "O valor das exportações do setor da fruta, legumes e flores cresceu de 780 milhões de euros em 2010 para um recorde de 2.300 milhões de euros em 2023", informa Gonçalo Santos Andrade, acrescentando que o setor exporta, hoje, "cerca de metade do valor da produção", sendo que Espanha, França, Países Baixos, Alemanha e Reino Unido continuam a ser os principais mercados e a União Europeia absorve 80% do valor exportado.

 

Os valores atingidos pelas exportações são bons, mas a Portugal Fresh não se acomoda e a sua ambição, até 2030, "é atingir 2.500 milhões de euros de exportações, o que significa um aumento de mais de 48% numa década".

 

Localização privilegiada e um clima ótimo

Para o responsável da associação, estes resultados "refletem o dinamismo das empresas portuguesas e a crescente preferência dos consumidores estrangeiros pela qualidade e sabor dos produtos nacionais". O motivo para termos produtos tão distintos – é-nos explicado – assenta na localização privilegiada do país, com um clima que permite produzir cada vez mais ao longo de todo o ano. É pela qualidade, sabor e frescura que Portugal quer competir.

 

Gonçalo Santos Andrade sublinha ainda que "o sucesso do trabalho efetuado pela Portugal Fresh e associados só é possível devido ao esforço conjunto das empresas e da sua contínua aposta em inovação, não só em termos agronómicos, ambientais e sociais, mas também na comunicação e promoção da marca Portugal".

 

Produtores e exportadores fazem história com um fruto especial

Entre os associados da Portugal Fresh estão os produtores e exportadores da icónica pera-rocha, que fazem um trabalho profissional há várias décadas. "Mesmo antes da criação da Portugal Fresh já tentavam desbravar mercados que beneficiaram bastante o nosso trabalho e das empresas de outros setores que ainda não tinham este hábito de procurar novos mercados e da promoção internacional", recorda.

"O sucesso do trabalho efetuado pela Portugal Fresh e associados só é possível devido ao esforço conjunto das empresas e da sua contínua aposta em inovação, não só em termos agronómicos, ambientais e sociais, mas também na comunicação e promoção da marca Portugal." Gonçalo Santos Andrade, presisdente da Portugal Fresh


Sustentabilidade e tecnologia no Oeste
"Embaixadora dos sabores de Portugal." "Símbolo nacional." Por ser um dos produtos-estrela da nossa exportação de frutos, estas são algumas das designações que se dão à pera-rocha, oriunda da região Oeste e que faz as delícias dos consumidores, dentro e além-fronteiras.

 

A produção da pera-rocha assenta em boas-práticas de sustentabilidade e utiliza tecnologia. No âmbito do projeto Semear o Futuro, falámos com Filipe Silva, diretor comercial da LusoPêra, uma central fruteira principalmente exportadora de pera-rocha, que nos explicou quais são as supracitadas boas-práticas e que tecnologia é utilizada nos pomares, contribuindo decisivamente para o sucesso do fruto. Filipe Silva recorda que "já há algumas décadas que a pera-rocha é produzida sob medidas ecológicas, como a produção integrada, sendo certificada em referenciais como o GLOBALG.A.P. e o GRASP". Segundo o diretor comercial da LusoPêra, trata-se de uma medida agroambiental que tem como objetivo "a redução de utilização de fitofármacos e fertilizantes, promovendo técnicas ecológicas no combate a pragas como confusão sexual, a captura em massa de insetos ou a luta biológica". A monitorização de pragas e de condições climáticas, através de estações meteorológicas para estimativa do risco de desenvolvimento doenças e pragas, "permite uma atuação mais específica e oportuna", explica-nos.

 

O responsável da LusoPêra acrescenta que "também as estações meteorológicas e as sondas de medição do teor de água do solo permitem otimizar a dotação de rega, sendo o sistema gota a gota generalizado na produção de pera-rocha, o que permite uma rega eficiente utilizando um volume menor de água".

 

A manutenção de zonas verdes nas explorações agrícolas para serem repositório de insetos auxiliares, equilibrando pragas e os seus predadores naturais, e o facto de os produtores serem os primeiros cuidadores da natureza, mantendo limpas linhas de água, zonas florestais e caminhos rurais, estão igualmente entre as boas-práticas levadas a cabo pelos profissionais do setor.

 

O diretor comercial da LusoPêra aponta ainda a agricultura de precisão que "está em evolução rápida", o que permite antecipar pragas, doenças, necessidades nutritivas e gerir melhor as culturas.

 

A nível da central fruteira, Filipe Silva salienta a aposta da LusoPêra, "há mais de uma década, na conservação em atmosfera controlada dinâmica, tecnologia isenta de produtos de conservação e que permite o amadurecimento natural do fruto".

Muitas explorações agrícolas já possuem sistemas de autoprodução de energia elétrica, como os paineis fotovoltaicos.

Produção previsivelmente menor

Apesar do êxito da pera-rocha, a verdade é que as condições climáticas desfavoráveis destes últimos dois anos têm dado origem a quebras na colheita. Será que este ano vai correr melhor? O responsável da LusoPêra alerta que ainda é cedo para saber qual a produção esperada para esta campanha, no entanto, "é possível dizer que a falta de frio no inverno foi um fator adverso por não serem cumpridas as horas de frio necessárias para as plantas entrarem em dormência e para o desenvolvimento dos gomos florais". Portanto, a floração desta campanha "apresentou um menor número de flores viáveis, aliado ao facto de os pomares apresentarem menor volume de copa devidos às podas sanitárias ocorridas no ano anterior".

 

Esta realidade, aliada ao abandono que existiu nos últimos anos – prossegue Filipe Silva –, leva a que "a produção da região seja previsivelmente menor que o potencial produtivo de anos anteriores, antevendo um volume de produção semelhante ao ano anterior, 2023, que já apresentou uma quebra superior a 50% comparativamente a 2022".

Exportação


70%

da produção da LusoPêra é vendida para o exterior, sendo o Brasil o principal mercado. Na campanha 2022/2023, a central fruteira exportou para 12 países, sendo que em Espanha o fornecimento para a Mercadona representa quase a totalidade das vendas.



Um sabor de Portugal


A pera-rocha é um fruto de elevada qualidade definida pelas características da variedade e pelos fatores edafoclimáticos da região de produção, o Oeste de Portugal. Estes fatores atribuem-lhe características únicas que seduzem os consumidores e fazem dela um sabor de Portugal.


O fruto apresenta superfície lisa, cor entre o verde-claro e o amarelo com ligeira carepa na base de inserção do pedúnculo, dispersando-se irregularmente por toda a superfície, tendendo a concentrar-se na fossa apical. Esta característica é típica desta variedade, variando a sua percentagem e concentração conforme as condições climáticas do ano.


A polpa da pera-rocha é caracterizada por ter cor branca e ser macia, fundente, granulosa, doce, não ácida, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado.


É uma pera de tamanho pequeno a médio, sendo o calibre médio o 60/65 mm, com peso médio de 130 g.


Este fruto apresenta como característica uma grande capacidade de conservação, permitindo-lhe estar na fruteira dos consumidores quase todo o ano.


Ao contrário de outras peras, a pera-rocha é apreciada pelos consumidores em dois estados de maturação distintos. Num estado mais verde, rijo e mais crocante e fresco ou num estado maduro, mais amarelo, macio, sumarento e aromático.


A sua grande capacidade de conservação permite-lhe chegar a mercados de longa distância, apresentado reduzidas quebras na cadeia logística, característica que o torna apetecível em diversos mercados.






Autor: Filipe Silva, diretor comercial da LusoPêra


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