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Desenvolvimento da rede de carregamento é fundamental

Cumprir o novo regulamento europeu AFIR é um desafio para Portugal. Associação de Utilizadores aponta para forte pressão sobre a infraestrutura de carregamento.

15 de Fevereiro de 2024 às 15:25
Pedro Faria, presidente do Conselho Diretivo da UVE
Pedro Faria, presidente do Conselho Diretivo da UVE
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Um dos factos mais importantes do ano de 2023 no universo da mobilidade elétrica foi a aprovação do Regulamento Europeu relativo à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos (AFIR). A nova legislação vem trazer uma renovada urgência à necessidade de desenvolver a infraestrutura de carregamento a nível europeu. Isto de forma a permitir o rápido crescimento deste tipo de mobilidade e a reduzir as emissões em 55% até 2030.

 

Para Pedro Faria, presidente do Conselho Diretivo da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), "a aprovação do AFIR, ao estabelecer metas, impor standards e ao definir o desenvolvimento futuro da rede de carregamento, é um marco para a mobilidade elétrica ao nível europeu". Na opinião deste responsável, "o desenvolvimento da rede da infraestrutura de carregamento é, sem dúvida, o maior desafio que a mobilidade elétrica possui nos próximos anos". Em Portugal, fruto do crescimento exponencial das vendas, "este fator pode atingir rapidamente um nível crítico".

 

Pressão sobre a rede

Na avaliação deste responsável associativo, nos últimos anos tem-se conseguido "conciliar um equilíbrio entre o crescimento do número de veículos e o crescimento da rede de carregamento pública, mas atualmente sente-se uma forte pressão do lado da infraestrutura". Na sua experiência, nos principais eixos rodoviários, qualquer evento que provoque um pequeno fluxo extra de tráfego, "de imediato esgota a capacidade de carregamento nas áreas de serviço das autoestradas". Por isso, refere, "é um desafio urgente que se coloca conseguir encontrar rapidamente soluções para o desenvolvimento de grandes HUB de carregamento nos principais eixos rodoviários".

 

Neste contexto, "a simplificação da operação de carregamento verá significativas melhorias com a aplicação do novo regulamento. Mas, de uma forma geral, a aplicação do AFIR em Portugal é simultaneamente um desafio e uma enorme oportunidade para darmos mais um salto na evolução da mobilidade elétrica", afirma Pedro Faria.

"A aplicação do AFIR em Portugal é simultaneamente um desafio e uma enorme oportunidade para darmos mais um salto na evolução da mobilidade elétrica." Pedro Faria, presidente do Conselho Diretivo da UVE 

 

Procura acelera

No que diz respeito à evolução do lado da procura da mobilidade elétrica em Portugal, "o aumento das vendas, particularmente nos veículos 100% elétricos, e a crescente oferta de modelos, com destaque para os ligeiros de mercadorias, são pontos de destaque", refere o responsável. Neste contexto, o ano de 2023 bateu todos os recordes de vendas de veículos elétricos. "Os números significativos alcançados mês após mês, tiveram chave de ouro em dezembro de 2023 com um recorde de vendas de veículos 100% elétricos, que mostram uma consolidação e um futuro promissor", afirma Pedro Faria.

 

"O número de modelos disponíveis aumentou consideravelmente, particularmente na oferta de veículos 100% elétricos. E assistimos a uma duplicação do número de vendas de 2022 para 2023 neste tipo de modelos, fechando o ano com uma significativa quota de mercado de 18,2%", informa.

 

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Para que a mobilidade elétrica se desenvolva em Portugal, afirma o presidente da UVE, "é também necessário que haja mais informação precisa, credível e verdadeira disponível para os consumidores". Neste particular, considera Pedro Faria, "os exemplos práticos e reais que a UVE tem vindo a comunicar ao mercado e a transmitir aos utilizadores, marcam a diferença". Fundada em 2015, a Associação quer ser "uma entidade de referência para os utilizadores de veículos elétricos e para os entusiastas da mobilidade elétrica em Portugal".

 

Sobre a evolução deste tipo de mobilidade em Portugal, e embora se preocupe em apontar os problemas, a UVE mantém uma posição construtiva. "A crítica sem mostrar uma solução não faz sentido. A crítica sem mostrar um caminho melhor não resolve, apenas atrasa um processo irreversível, que segue a alta velocidade", afirma o seu presidente. "Há que garantir o trabalho e inovação realizados no nosso país até hoje. Simplificar e melhorar! Temos de saber utilizar o que construímos até hoje para que sejam dados passos em frente, minimizando o risco de retrocessos" conclui o responsável.

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