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Portugal tem uma rede integrada e interoperável

País está na vanguarda europeia na rede de carregamento de veículos elétricos.

18 de Abril de 2024 às 14:19
Luís Barroso, presidente da Mobi.E
Luís Barroso, presidente da Mobi.E
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É impossível não associar a mobilidade elétrica em Portugal à Mobi.E. A rede tem um peso histórico em tudo que diz respeito ao carregamento de veículos eletrificados no país e, por isso, conversámos com Luís Barroso, presidente da Mobi.E, que nos fez um balanço da operação, começando por explicar que a rede de carregamento de veículos elétricos em Portugal tem vindo a crescer de forma considerável, em paralelo com o aumento das vendas dos veículos elétricos. "Somos um dos pouco países que se podem orgulhar de ter uma rede de carregamento integrada e totalmente interoperável", salienta Luís Barroso, prosseguindo: "O mercado da mobilidade elétrica está em pleno funcionamento desde 2020 e, por ação dos mais de 90 Operadores de Pontos de Carregamento registados, o número de postos de carregamento foi multiplicado por seis, nos últimos quatro anos. Desde 2022 que a rede Mobi.E está presente em todos os municípios do país, incluindo as regiões autónomas, assegurando que todos os concelhos têm, pelo menos, um posto de carregamento."

 

Para melhorar os postos de elevada potência no interior, nos últimos anos a Mobi.E reforçou a rede, com "a instalação de dez postos de carregamento ultrarrápido nas principais cidades do interior, bem como nove hubs de carregamento, cada um com um posto ultrarrápido, três rápidos e cinco normais, nas cidades com uma maior dinâmica de mobilidade elétrica".

 

Fruto desta integração, – avança Luís Barroso –  somos o único País que consegue fornecer informação em tempo real sobre a disponibilidade e localização de todos os pontos de carregamento e que tem uma solução que também funciona em espaços privados, o que tem despertado um forte dinamismo na instalação de carregadores em condomínios e em espaços empresariais. Todas estas funcionalidades, continua o responsável da Mobi.E, têm contribuído para gerar uma confiança crescente nas pessoas e, por isso, em 2023, a quota de mercado de veículos ligeiros totalmente elétricos e plug-in registados em Portugal foi superior à registada em outros países europeus como a França, a Alemanha, o Reino Unido, Espanha ou Itália. "Há, assim, um balanço muito positivo, mas temos de ter consciência que há ainda um caminho pela frente, sobretudo tendo em conta a entrada em vigor do regulamento europeu Alternative Fuel Infrastructure Regulation (AFIR). No entanto, destacamos que, neste âmbito, devido ao trabalho da Mobi.E nos últimos anos, Portugal parte na vanguarda em relação ao resto da Europa", assegura.

 

Trabalho em evolução

Questionado sobre qual é o papel da Mobi.E no que toca à promoção da mobilidade sustentável em Portugal e como é que este papel tem evoluído, Luís Barroso responde que desde a sua criação, em 2015, a Mobi.E "tem assumido o papel de facilitador do processo de transição energética na mobilidade". "No início, fomos chamados a atuar não só como Entidade Gestora, mas também de fornecedora de energia, operadora de postos, promotora e conselheira no que diz respeito à mobilidade elétrica em Portugal", relembra. Com a entrada em 2020 na fase plena de mercado, a empresa passou a assumir, no mercado regulado, "a responsabilidade pela gestão e monitorização da rede de postos de carregamento elétrico no país, enquanto Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME), gerindo os seus fluxos energéticos e financeiros". Contudo, continua o presidente da Mobi.E, a empresa tem paralelamente "desempenhado um papel de liderança e de instrumento público facilitador para o desenvolvimento da mobilidade sustentável". E já alcançou progressos relevantes nesse campo, como se comprova pelos resultados alcançados, quer ao elevado nível do número de agentes de mercado, o que reforça a característica concorrencial do modelo Mobi.E, quer pelo número crescente de veículos elétricos em circulação.

 

Sobre o número de postos de carregamento de acesso público que tem a Mobi.E no País, neste momento, Luís Barroso informa que são "mais de 4.660, o que equivale a mais de 8.260 pontos de carregamento de acesso público". "A coesão territorial tem sido um grande foco na cobertura de todo o território nacional, sendo que a rede Mobi.E está presente nos 308 municípios nacionais desde final de 2022. Neste momento, há mais de 70 tomadas por cada 100 quilómetros de rodovia nacional e mais de 96 tomadas por cada 100 mil habitantes", acrescenta.

 

Destes postos de carregamento, "mais de 1.700 postos, ou seja, quase 37% são rápidos ou ultrarrápidos".

"Queremos desenvolver um piloto com a E-Redes, que permita testar a gestão flexível dos consumos na rede." Luís Barroso, presidnete da Mobi.E

Desafios para o futuro

No que diz respeito aos planos de investimento da Mobi.E para os próximos tempos, o presidente conta que, este ano, querem iniciar o projeto das "Ruas Elétricas". Para tal publicaram um Edital no início do mês de abril com o objetivo de os municípios apresentarem a sua manifestação de interesse. "Se tudo correr bem, em setembro começaremos a ver no terreno os resultados deste projeto com a instalação dos primeiros conjuntos de postos de carregamento lento em zonas residenciais ou comerciais sem estacionamento próprio. É um investimento de dois milhões de euros cofinanciado pelo Fundo Ambiental e que se deverá estender por 2025. Para já, este é o principal projeto de investimento em carteira", explica. 

 

Quanto aos outros desafios da empresa para o futuro, o principal será criar as condições para "o contínuo desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal, que tem já demonstrado um crescimento exponencial nos últimos anos devido ao modelo Mobi.E." E prossegue: "Continuar a melhorar a experiência do utilizador é fundamental e continuar a introduzir inovações na rede Mobi.E é essencial para o sucesso deste desafio. Queremos desenvolver um piloto com a E-Redes, que permita testar a gestão flexível dos consumos na rede, introduzir soluções de plug & charge, desenvolver um mecanismo de E-Credits, que permita ajudar a financiar o crescimento da infraestrutura, contribuir para a materialização de uma infraestrutura de carregamento de veículos pesados, bem como de estações de abastecimento a hidrogénio. São tudo áreas em que já estamos a trabalhar e em busca de parceiros que permitam desenvolver projetos piloto."

Mobi.E aposta na América Latina e Europa
A Mobi.E está a internacionalizar-se, sendo atualmente um dos seus eixos estratégicos e com três objetivos, os quais são explicados pelo seu presidente, Luís Barroso: "Capitalizar as vantagens competitivas relativamente à experiência acumulada há mais de dez anos com o nosso modelo de interoperabilidade; servirmos de catalisador para a internacionalização de empresas que desenvolvem a sua atividade na rede Mobi.E; e garantir a sustentabilidade económica e financeira da Mobi.E, reduzindo, ao mesmo tempo, os custos dos utilizadores de veículos elétricos com a utilização da nossa rede."

Além da América Latina, a prioridade da empresa para a internacionalização do seu modelo é a Europa, onde Espanha assume uma importância relevante. "Mas não descartamos outros países europeus, sobretudo na fase atual onde a implementação do regulamento europeu AFIR aposta na interoperabilidade e no desenvolvimento de soluções que permitam fornecer informação integrada e em tempo real da disponibilidade dos postos de carregamento", refere Luís Barroso.

A operação de internacionalização está a correr "conforme programado". "No final de 2023, assinámos um contrato de consultoria com o Grupo VATIA da Colômbia, no sentido de os ajudar a estruturar o desenvolvimento de novos negócios em torno da mobilidade elétrica. Esta fase irá decorrer até maio. É expectativa de ambas as partes a evolução para uma segunda fase, com o apoio na implementação de um plano de negócios assente na plataforma de gestão da Mobi.E e onde gostaríamos também de envolver fabricantes de postos de carregamento nacionais e OPCs", diz Luís Barroso.

"No final de 2023, assinámos um contrato de consultoria com o Grupo VATIA da Colômbia, no sentido de os ajudar a estruturar o desenvolvimento de novos negócios em torno da mobilidade elétrica." Luís Barroso, presidente da Mobi.E
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