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Mudança climática está no “top 3” dos dirigentes empresariais

Deloitte identifica aumento do investimento em sustentabilidade mesmo em conjuntura de incerteza. Empresas sentem impacto das alterações climáticas.

11 de Maio de 2023 às 17:07
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O estudo CxO Sustainability Report 2023, divulgado recentemente pela Deloitte, revela que a maioria das organizações a nível global aumentou os investimentos na área da sustentabilidade apesar do cenário mundial de incerteza. Quase todos os mais de 2.000 CxO inquiridos em 24 países referiram que as suas organizações tinham sido impactadas de alguma forma pelas alterações climáticas.

 

Quando desafiados a listar as preocupações mais prementes nas suas organizações, a larga maioria dos CxO classificaram a mudança climática como um dos três principais desafios, à frente de temas como a inovação, o talento e as dificuldades na cadeia de abastecimento. Para Afonso Arnaldo, partner e Sustainability and Climate practice leader da Deloitte, "em Portugal esta realidade também já é visível ao nível das grandes empresas". "Seja por imposição reguladora (e esta é uma clara opção da União Europeia), seja por pressão dos diversos stakeholders das empresas (internos e externos), assiste-se a uma preocupação crescente com este assunto."

 

PME atentas, mas não muito atuantes

No entanto, reconhece o responsável da empresa de consultoria, "é verdade que muito do tecido empresarial português das pequenas e médias empresas não está ainda muito atuante, ainda que esteja alerta". Para Afonso Arnaldo, "a breve prazo, o conjunto das PME será também levado a abordar o tema, porque a sustentabilidade das grandes empresas dependerá também daquele tecido empresarial". "As grandes empresas não serão verdadeiramente sustentáveis se os agentes da sua cadeia de valor não o forem também."

 

Na análise da consultora, e numa perspetiva de identificação dos desafios e das oportunidades associadas ao desenvolvimento sustentável, sem dúvida de que a médio e longo prazo a atuação sustentável de qualquer empresa trar-lhe-á uma maior rentabilidade. "São várias as evidências disso mesmo", considera o responsável da Deloitte, para quem a própria "teia" em que operamos "se encarregará de deixar de fora todos os que não atuarem de forma sustentável no futuro próximo". De facto, a pressão e o escrutínio são cada vez mais evidentes: o reporte obrigatório das práticas de sustentabilidade; o financiamento mais caro se não se for sustentável; as exigências crescentes de clientes e fornecedores; tudo aponta para a necessidade de adoção de práticas sustentáveis.

 

Em breve, uma questão de sobrevivência

Para o partner da Deloitte, "na verdade, em breve a questão não será apenas a de saber se é mais ou se é menos rentável". "Será uma questão de sobrevivência. Ou se atua de forma dirigida à sustentabilidade (e demonstrando esse esforço), ou dificilmente se conseguirá continuar a operar (interna e externamente)", afirma Afonso Arnaldo. "Isto significa que quem fizer o caminho em direção à sustentabilidade mais rápido levará vantagem sobre concorrentes internos e internacionais, devendo por isso esta ser uma área de aposta", sublinha.

 

Neste contexto, a Deloitte assume uma dupla responsabilidade. Internamente, a consultora tem implementado a nível global um programa de sustentabilidade enquanto objetivo próprio, como a generalidade das empresas. "Nesse âmbito trabalhamos objetivos climáticos, através do nosso programa WorldClimate, o qual, entre outros, tem por objetivo atingir um valor líquido zero de emissões, baseado em dados científicos, com objetivos para 2030", refere. Neste âmbito, a empresa procura capacitar os seus colaboradores no tema climático e envolver os ecossistemas em que opera, tendo em consideração que a transição climática só se opera através de uma atuação conjunta e robusta.

 

Dupla responsabilidade

"Direcionamos também a nossa ação para objetivos sociais, através dos nossos programas WorldClass e Impact Every Day, centrados no apoio às comunidades em que a Deloitte se insere, com especial enfoque em temas de ensino, empregabilidade, empreendedorismo e inclusão", enumera Afonso Arnaldo. "Adicionalmente, atuamos junto das nossas pessoas, através do programa All In, no qual temas muito relevantes como a diversidade, a inclusão LGBT+, a igualdade de género, a saúde mental, entre outros, são tratados", acrescenta.

 

Mas, neste tema, a responsabilidade da Deloitte é dupla porque, como empresa multidisciplinar de prestação de serviços, leva também aos seus clientes serviços para a sustentabilidade, através da sua área de Sustentabilidade e Clima. Esta área efetua uma abordagem holística ao mercado em todas as suas áreas de competência – Audit & Assurance, Consulting, Financial Advisory, Risk Advisory e Tax. Acrescente-se que, para ajudar as empresas e os seus administradores neste desafio da sustentabilidade, a Deloitte, em associação com o Fórum Económico Mundial e a Climate Governance Initiative, preparou vários documentos de apoio, com as principais ideias de líderes na ação climática. "Estes guias identificam a forma como os principais grupos de partes interessadas estão a responder às alterações climáticas, ajudam as empresas a compreender o roteiro da descarbonização e como obter valor através de uma "transição justa", salienta Afonso Arnaldo.

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