Se tivéssemos de destacar um dos marcos mais importantes da história da humanidade, muitos concordariam com a expansão do nosso mundo entre o final do século XV e o início do século XVI pelas mãos dos portugueses e dos espanhóis. Em apenas cem anos, intrépidos navegadores descobriram não só novas terras, mas também continentes e civilizações desconhecidas para um Velho Continente que, nessa altura, vivia fechado sobre si próprio. O Novo Mundo, com infinitas oportunidades em torno do comércio, seria a primeira pedra do que séculos mais tarde foi chamado de globalização, como afirmam vários historiadores.
Hoje, como então, navegar pelos mares em busca de novas oportunidades não é tarefa fácil. Sem ir mais longe, a própria globalização está a atravessar a sua crise particular entre tantas outras que estão a abalar o incerto panorama internacional: a guerra entre a Ucrânia e a Rússia; o conflito na Faixa de Gaza ou a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China são apenas alguns exemplos. Tal como o astrolábio ou a bússola foram outrora ferramentas vitais para traçar essas rotas de exploração, também hoje as empresas, independentemente da sua dimensão, devem prevenir-se adquirindo produtos que ajudem a mitigar esses riscos e sirvam de catalisadores para os seus negócios.
Neste cenário, o seguro de crédito assume particular importância, uma vez que protege as empresas contra os incobráveis ou atrasos de pagamento, garantindo uma indemnização no caso de um cliente, tanto nacional como internacional, não cumprir as suas obrigações. No entanto, o seguro de crédito tem uma penetração muito baixa no mercado português. Tendo em conta que, em tempos de crise como o que estamos a atravessar, existe uma correlação direta entre a dimensão da empresa e as suas probabilidades de sobrevivência e que qualquer negócio, em especial nas pequenas e médias empresas, depende principalmente da capacidade financeira dos seus clientes, é difícil entender porque é que o seguro de crédito não é uma ferramenta mais utilizada por este setor empresarial.
Na Cesce, estamos conscientes disso e por essa razão oferecemos soluções inovadoras e à medida de modo que as empresas, que constituem a maior parte do nosso tecido económico, possam aceder ao seguro de crédito e continuem a desenvolver-se num ambiente volúvel. Um bom exemplo é a nossa Apólice Fácil, o nosso seguro de crédito orientado para as PME com gestão simplificada ou o nosso produto Master Ouro Integral, a apólice de seguro de crédito mais completa do mercado para cobrir os riscos de faltas de pagamento, em que garantimos 95% do valor das faturas, pagamos as indemnizações em dois meses e sem limite máximo de indemnização anual.
As empresas precisam do apoio de uma seguradora de crédito, especialista na análise de risco com informação e monotorização das empresas em todo o mundo. O seguro de crédito impulsiona as vendas das empresas, é essencial para a procura de novos clientes, novos mercados, novas geografias. O custo do seguro de crédito é totalmente absorvido pelo aumento de vendas que as nossas empresas registam e pelo ressarcimento dos incobráveis, protegendo assim as tesourarias.
No ano em que comemoramos o 20º aniversário desde que abrimos os nossos escritórios em Portugal, na Cesce estamos agora mais focados do que nunca em fazer com que as empresas se sintam confiantes para estabelecer relações comerciais, atividade na qual acumulamos mais de 50 anos de experiência no setor através da nossa empresa-mãe espanhola. Como salientou o filósofo Hegel, "a história repete-se sempre duas vezes". No nosso caso concreto, portugueses e espanhóis, encontramo-nos novamente como protagonistas de uma travessia, desta vez, não por mares desconhecidos, mas para impulsionar novas oportunidades entre tempestades económicas, marés em mudança e águas turbulentas, algo que permanece intacto no nosso ADN.
Rita Lacerda, diretora-geral da Cesce em Portugal