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David Lopes: Para entender os números

Michael Sandel, professor em Harvard, é considerado por muitos um dos mais influentes filósofos contemporâneos.

O que o dinheiro não pode comprar

O que o dinheiro não pode comprar
O que o dinheiro não pode comprar
Michael Sandel
Edição: Editorial Presença

Livro escolhido por David Lopes, Diretor-geral da FFMS

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Stocks for the Long Run

Stocks for the Long Run
Stocks for the Long Run
Jeremy Siegel
Edição: McGraw-Hill

Livro escolhido por Paulo Fernandes, CEO da Cofina

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O Mundo de Ontem

O Mundo de Ontem
O Mundo de Ontem
Stefan Zweig
Edição: Assírio & Alvim

Livro escolhido por Pedro Norton, CEO da Finerge

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Virtual Competition

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The Promise and Perils of the Algorithm-Driven Economy
Ariel Ezrachi e Maurice E. Stucke
Edição: Ed. Harvard University Press

Livro escolhido por Margarida Matos Rosa, Presidente da Autoridade da Concorrência

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O Homem que plantava árvores

O Homem que plantava árvores

Autor: Jean Giono
Edição: Alma dos livros

Livro escolhido por Miguel Maya, CEO do BCP

 
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21 de Abril de 2020 às 11:30
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O pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, encheu-se em 2019 para o ouvir falar sobre os limites morais do mercado. Numa época em que, como nunca, os valores e a ética são questionados, o livro "O que o dinheiro não pode comprar" devolve-nos a lucidez e o "sentido do norte".

Porque muitas bússolas parecem andar perdidas, entender que estamos, infelizmente, a trazer para o mundo não transacional assuntos do mundo transacional, económico e financeiro, pode ajudar-nos muito neste momento de inquietação.

Um momento de inquietação que torna hoje, mais do que nunca, necessário entender os números e o que eles escondem ou revelam. Por isso, recomendo também a leitura do livro "Que número é este?", da autoria de Maria João Valente Rosa, Luísa Barbosa e do jornalista Ricardo Garcia. Acredito que devemos colaborar no esforço de literacia estatística num momento da nossa vida em que as "fake news" e a pseudociência são mais perigosas do que nunca.

As pessoas não são números. Quantas vezes lemos e ouvimos esta frase, a propósito de uma qualquer decisão política que parecia ignorar que por trás dos números existem pessoas que vivem, amam, sofrem, sorriem, sonham? A expressão banalizada é, no entanto, verdadeira no sentido em que não aceitamos que a vida de alguém possa ou deva ser reduzida a um número. Um número não individualiza, não personaliza, não parece transportar afeto. Um mesmo número pode assumir miríades de possibilidades representativas do que nos rodeia: horários, temperaturas, médias, distâncias, idades, pesos, páginas, preços, impostos. Mas se aceitarmos o desafio de dar significado aos números, tudo muda de figura. Os números associam, explicam, dão sentido aos factos e são inclusivos. Nesse momento a álgebra e a matemática encontram-se com as ciências sociais, com o jornalismo, com a arte.

Conjugar os números com as histórias que estes representam, dando-lhes vida, foi um desafio que nos apaixonou na Fundação Francisco Manuel dos Santos e que nos levou a editar, no âmbito da Pordata, o livro "Que número é este?", um manual de literacia estatística. Nunca como hoje precisamos de estar atentos e "equipados" para identificar não só as falsas notícias como as outras, que torturam, com criatividade ou maldade, os números que contam a nossa história .
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