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O dia em que o Parlamento foi sequestrado

“Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia!” O desabafo irado do então primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo foi feito há 48 anos, depois do cerco à Assembleia Constituinte, que durou 36 horas. Entre 12 e 13 de novembro de 1975, os deputados ficaram reféns de uma multidão de trabalhadores da construção civil que reivindicava aumentos salariais e melhores condições de trabalho. O momento histórico é relatado no livro “Cerco ao Parlamento”, de Isabel Nery. Apesar de ter muitos momentos caricatos, esta história poderia ter degenerado numa guerra civil.
Filipa Lino 11 de Novembro de 2023 às 11:00
Foto em cima: A 12 de novembro de 1975, uma multidão de cerca de 100 mil pessoas rodeou o Parlamento. A manifestação, organizada pelos sindicatos da construção civil, começou por ser uma reivindicação por melhores salários e condições de trabalho no setor, mas a recusa do governo em receber os dirigentes sindicais transformou o protesto num cerco de 36 horas.


"Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia!" O desabafo irado do então primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo foi feito há 48 anos, depois do cerco à Assembleia Constituinte, que durou 36 horas. Entre 12 e 13 de novembro de 1975, os deputados ficaram reféns de uma multidão de trabalhadores da construção civil que reivindicava aumentos salariais e melhores condições de trabalho. Lá dentro, deputados e funcionários passaram fome e dormitaram em sofás ou deitados nas mesas no plenário. O momento histórico é relatado no livro "Cerco ao Parlamento", de Isabel Nery, que revela pormenores insólitos, como o helicóptero que foi enviado da base aérea do Montijo com sandes e vinho para alimentar os reféns. Apesar de ter muitos momentos caricatos, esta história poderia ter degenerado numa guerra civil.


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