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Mónica Ferro: “Pensava que o discurso populista, xenófobo e nativista não nos iria tocar”

“Há um questionamento de avanços que achei que estavam consolidados em Portugal”, diz Mónica Ferro, diretora do escritório de Londres do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). Assumiu este cargo depois de seis anos chefiar a representação da mesma agência em Genebra. Investigadora e professora universitária, foi também deputada do PSD e admite voltar à vida política: “A vida política nunca sai de nós”.
Lúcia Crespo e Bruno Colaço - Fotografia 06 de Setembro de 2024 às 11:00

Em 2017, Mónica Ferro dizia numa entrevista ao Negócios: há um legado civilizacional que tem impedido a afirmação do populismo no país. Sete anos depois, sente que foi algo crédula. "Há um questionamento de avanços que achei que estavam consolidados em Portugal", diz a diretora do escritório de Londres do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). Assumiu este cargo depois de seis anos a chefiar a representação da mesma agência em Genebra. O relatório deste ano sobre a Situação da População Mundial destaca: milhões de pessoas continuam a ficar para trás, e a incapacidade de chegar aos mais marginalizados deve-se, em grande parte, à falta de vontade de enfrentar os legados de desigualdade de género. A investigadora vai debater este e outros temas nas Conferências do Estoril, que se realizam a 24 e 25 de outubro no Campus de Carcavelos da Nova SBE. Mónica Ferro foi também professora universitária no ISCSP e deputada do PSD. E admite voltar à política - "a vida política nunca sai de nós".


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