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Daniel Mordzinski: “Eu sou o fotógrafo clandestino, não o oficial”

O argentino Daniel Mordzinski é conhecido como o “fotógrafo dos escritores” – ainda que não goste de rótulos – e os festivais literários são uma espécie de recreio para as suas travessuras literárias. Retratou também o seu “amigo-irmão” Luis Sepúlveda. O livro “Mundo Sepúlveda”, lançado agora pela Porto Editora, nasce em jeito de homenagem. Foi há três anos que “Lucho” partiu.
Lúcia Crespo e Mariline Alves - Fotografia 24 de Fevereiro de 2023 às 11:00

Quase poderiam chamar-lhe "Daniel El Travieso", tal como a personagem de uma série
de televisão inspirada nos "cartoons" de Hank Ketcham. Gosta da ironia e do humor subtil.
E é também com humor que faz as suas "fotinskis". Daniel Mordzinski é conhecido como o "fotógrafo dos escritores" - ainda que não goste de rótulos - e os festivais literários são uma espécie de recreio para as suas travessuras literárias. Nasceu em Buenos Aires em 1960 e foi ainda na Argentina que retratou Jorge Luis Borges, o seu "El Aleph". A ditadura militar do país levou-o até Paris, onde conheceu Julio Cortázar e muitos outros autores. Retratou Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Jorge Amado, José Saramago. Fotografou também o seu "amigo-irmão" Luis Sepúlveda. Foi há três anos que "Lucho" partiu. O livro "Mundo Sepúlveda", lançado pela Porto Editora, nasce em jeito de homenagem. Com textos do escritor chileno e fotografias de "Daniel, el Rusito", é também uma ponte entre literatura e fotografia.


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