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Milionários da Lego perdem 150 milhões num só dia

Os milionários que estão por detrás da fabricante de brinquedos Lego sofreram perdas avultadas num único dia, depois de um dos seus principais investimentos ter soado os alarmes.

Bloomberg
07 de Novembro de 2019 às 20:00
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Kirkbi, que gera cerca de 16 mil milhões de dólares que pertencem à família Kirk Kristiansen, dona da Lego, viu o valor dos seus ativos cair cerca de 150 milhões de dólares na quarta-feira.

 

O gatilho foi acionado por um "profit warning" da ISS, que provocou uma redução de 20% do valor de mercado da empresa dinamarquesa. A mossa estimada na fortuna da família da Lego tem por base os documentos que mostram que detém cerca de 15% da ISS.

 

Kirkbi recusou-se a comentar.

 

Os milionários da Lega têm-se mantido leais à ISS, apesar de ter aumentado as posições a descoberto – ou seja, a aposta na queda das ações – para níveis que rondam os 7,5% do capital. É o nível mais elevado entre todas as cotadas dinamarquesas.

 

A especulação dos "hedge funds" contra a ISS coincidiu com a mudança de estratégia do presidente executivo, Jeff Gravenhorst, por alegarem que o responsável só está focado nos grandes clientes e abandonou os clientes mais pequenos. Na quarta-feira, o CEO realçou que a sua estratégia ainda fazia sentido, mas reconhecendo que a sua abordagem tem sido "demasiado ambiciosa".

 

Numa entrevista telefónica, Gravenhorst disse "lamentar muito" o "profit warning". Mas tenta assegurar os investidores de que "2020 vai ser bom".

 

O "chairman" da ISS, Charles Allen, revelou que o conselho de administração continua a acreditar que a estratégia da empresa "é a acertada", de acordo com uma resposta enviada por mail. Mas também reconheceu que a gestão precisa de o "executar melhor e mais depressa".

 

Esta quinta-feira, as ações da ISS continuam em queda. No conjunto do ano, os investidores da ISS viram o valor das suas participações emagrecer em quase um quarto.

 

"Temos enfrentado alguns obstáculos no curto prazo, mas com perspetivas orientadas, tencionamos regressar aos nossos níveis normais de margens de cerca de 5% em 2020", salientou Allen.

 

Gravenhorst também reconheceu que a última revisão em baixa – a segunda desde agosto – levanta dúvidas sobre o seu estatuto de CEO. "Não temos de ser um Einstein para ver que a há pressão", acrescentou.

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