Notícia
Maior fundo soberano do mundo investe na Ásia pela primeira vez
Fundo Soberano da Noruega investe no mercado imobiliário do Japão.
O Norges Bank, que gere o maior fundo soberano do mundo, anunciou esta quinta-feira, dia 7 de Dezembro, que assinou um acordo para comprar uma participação de 70% em cinco propriedades em Tóquio, Japão. O fundo soberano da Noruega vai assim pagar 92,75 mil milhões de ienes japoneses (mais de 695 milhões de euros) por estes imóveis, de acordo com um comunicado do próprio banco.
"Este é o primeiro investimento imobiliário do fundo na Ásia e está em linha com nossa estratégia de construir um portfólio global de alta qualidade", disse Karsten Kallevig, director executivo da Norges Bank Real Estate Management. Esta aquisição foi feita em joint venture com a Tokyu Land Corporation que comprou os restantes 30% e vai gerir as propriedades - que se situam em Omotesando, uma zona comercial muito popular em Tóquio.
A intenção de investir na Ásia já tinha sido anunciada em 2014, mas o negócio demorou muito mais do que o esperado para se realizar, escreve o Financial Times. O fundo admite, no entanto, que está a equacionar novos investimentos naquela região. "Quando se entra num novo mercado, as coisas demoram um pouco mais ... Mas espero que haja mais negócios. Tóquio será uma das nossas cidades-alvo", revelou ainda o director executivo.
O fundo aposta maioritariamente em acções (cerca de 65,9%), os produtos de renda fixa pesam cerca de 31,9% na sua carteira e os restantes 2,5% são imóveis não cotados. Os investimentos deste que é o maior fundo do mundo estão espalhados por 77 países e perto de nove mil empresas, os últimos dados referem que controla 1,3% do capital de todas as cotadas mundiais.
O fundo é, aliás, um dos maiores investidores da bolsa portuguesa e conseguiu um ganho de recorde de 58 mil milhões de euros nos primeiros seis meses de 2017 em Portugal. E passou a meta de 1 bilião de dólares pela primeira vez este ano, a 19 de Setembro, impulsionado pela subida dos mercados accionistas globais e pela fraqueza do dólar.