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"Depois da covid-19 não há volta atrás em termos de metodologia de trabalho. Vamos ter de criar e desenvolver novas competências ao nível da gestão das pessoas, porque gerir em proximidade não é igual a gerir à distância", afirma Luís Alveirinho CTO da Altice Portugal.
"O teletrabalho é o novo normal e temos de ter a inteligência suficiente para aproveitar o que de bom estamos a construir neste momento. Ainda há pouco tempo li que são precisos 60 dias para criar um hábito. No âmbito da pandemia estamos há quase seis meses num regime de teletrabalho, o quer dizer que o hábito está criado", referiu José Ferrari Careto, diretor da Digital Global Unit da EDP.
Reconhece que nem toda a gente se sente totalmente confortável com o teletrabalho. "Não é desejável porque nos é imposta, mas acredito que numa fase em que não tenhamos a pandemia, dificilmente regressaremos a fevereiro de 2020. As empresas e as pessoas saberão tirar partido desta nova modalidade de trabalho", diz José Ferrari Careto.
Contacto social e proximidade
Este gestor prevê que se chegue a uma organização híbrida do trabalho. "Estaremos um conjunto de dias fisicamente com os outros colaboradores nas instalações das empresas, complementado com as presenças virtuais. Se quiser projetar no futuro como é que as coisas vão acontecer, diria que será uma lógica de 3+2, em que as pessoas se repartem pelas instalações da empresa e pelo teletrabalho", diz José Ferrari Careto.
Mas este modelo não é só feito de aspetos positivos, tem pelo menos um lado negativo que é o contacto social e a proximidade, que nas culturas latinas são muito úteis. "O meu prognóstico é que o melhor dos dois mundos será conciliar estas duas modalidades, tendo o melhor do digital mas também mantendo o contacto físico e a presença social".
António Miguel Ferreira, presidente e managing director da Claranet Portugal, aposta nos 3/2 dias de trabalho físico e remoto. "A nossa tese na Claranet é que 50 a 60% do tempo das pessoas será passado no escritório. Trabalhamos numa área em que grande parte do que fazemos pode ser feito por via digital. Sentimos também que é precisa interação e comunicação presencialmente."
Na sua opinião, "as empresas têm de repensar os seus espaços de escritório, com mais pontos sociais em que as pessoas possam comunicar de uma forma diferente, de trabalhar em conjunto, de estar num projeto mais ativas, mas onde vão porque têm necessidade e não porque alguém impôs".
Mudanças no trabalho
No caso da Claranet, "no início pensávamos que seria um problema fazer regressar as pessoas ao escritório, mas estamos a ter o problema contrário porque temos de limitar o número das pessoas a voltar ao escritório", referiu António Miguel Ferreira.
Mas, concluíram, o escritório também não está pensado para o "novo normal", "com esse espaço social, com mais pontos de encontro e de comunicação do que um posto de trabalho com um computador à frente, porque para isso ficam em casa. As próprias condições que as pessoas têm casa também são importantes de repensar na nova empresa", aduz António Miguel Ferreira.
No teletrabalho, há vantagens óbvias para as empresas, como menos papel, despesas com instalações, mas há que dotar os trabalhadores com ferramentas tecnológicas que permitam responder às necessidades. "Sentimos esse desafio em março de 2020 quando se deu o confinamento e tivemos de pegar em cerca de 6 mil pessoas e pô-las em casa a trabalhar. As telecomunicações em Portugal, e um pouco por todo o mundo, deram uma resposta muito boa a toda essa situação tendo-se conseguido viver um ‘quase normal’, ultrapassar a distância física através de um proximidade digital que as comunicações e a tecnologia nos permitiram. Hoje em dia esse desafio já não é tão grande", explicou Luís Alveirinho.
"O teletrabalho é o novo normal e temos de ter a inteligência suficiente para aproveitar o que de bom estamos a construir neste momento. Ainda há pouco tempo li que são precisos 60 dias para criar um hábito. No âmbito da pandemia estamos há quase seis meses num regime de teletrabalho, o quer dizer que o hábito está criado", referiu José Ferrari Careto, diretor da Digital Global Unit da EDP.
Reconhece que nem toda a gente se sente totalmente confortável com o teletrabalho. "Não é desejável porque nos é imposta, mas acredito que numa fase em que não tenhamos a pandemia, dificilmente regressaremos a fevereiro de 2020. As empresas e as pessoas saberão tirar partido desta nova modalidade de trabalho", diz José Ferrari Careto.
Contacto social e proximidade
Este gestor prevê que se chegue a uma organização híbrida do trabalho. "Estaremos um conjunto de dias fisicamente com os outros colaboradores nas instalações das empresas, complementado com as presenças virtuais. Se quiser projetar no futuro como é que as coisas vão acontecer, diria que será uma lógica de 3+2, em que as pessoas se repartem pelas instalações da empresa e pelo teletrabalho", diz José Ferrari Careto.
Mas este modelo não é só feito de aspetos positivos, tem pelo menos um lado negativo que é o contacto social e a proximidade, que nas culturas latinas são muito úteis. "O meu prognóstico é que o melhor dos dois mundos será conciliar estas duas modalidades, tendo o melhor do digital mas também mantendo o contacto físico e a presença social".
António Miguel Ferreira, presidente e managing director da Claranet Portugal, aposta nos 3/2 dias de trabalho físico e remoto. "A nossa tese na Claranet é que 50 a 60% do tempo das pessoas será passado no escritório. Trabalhamos numa área em que grande parte do que fazemos pode ser feito por via digital. Sentimos também que é precisa interação e comunicação presencialmente."
Na sua opinião, "as empresas têm de repensar os seus espaços de escritório, com mais pontos sociais em que as pessoas possam comunicar de uma forma diferente, de trabalhar em conjunto, de estar num projeto mais ativas, mas onde vão porque têm necessidade e não porque alguém impôs".
Mudanças no trabalho
No caso da Claranet, "no início pensávamos que seria um problema fazer regressar as pessoas ao escritório, mas estamos a ter o problema contrário porque temos de limitar o número das pessoas a voltar ao escritório", referiu António Miguel Ferreira.
Mas, concluíram, o escritório também não está pensado para o "novo normal", "com esse espaço social, com mais pontos de encontro e de comunicação do que um posto de trabalho com um computador à frente, porque para isso ficam em casa. As próprias condições que as pessoas têm casa também são importantes de repensar na nova empresa", aduz António Miguel Ferreira.
No teletrabalho, há vantagens óbvias para as empresas, como menos papel, despesas com instalações, mas há que dotar os trabalhadores com ferramentas tecnológicas que permitam responder às necessidades. "Sentimos esse desafio em março de 2020 quando se deu o confinamento e tivemos de pegar em cerca de 6 mil pessoas e pô-las em casa a trabalhar. As telecomunicações em Portugal, e um pouco por todo o mundo, deram uma resposta muito boa a toda essa situação tendo-se conseguido viver um ‘quase normal’, ultrapassar a distância física através de um proximidade digital que as comunicações e a tecnologia nos permitiram. Hoje em dia esse desafio já não é tão grande", explicou Luís Alveirinho.