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“Não basta comunicar, é preciso ser aquilo que se comunica”

Alexandra Abreu Loureiro, presidente do júri da categoria “Comunicação de Sustentabilidade”, do Prémio Nacional de Sustentabilidade, organizado pelo Jornal de Negócios, destaca a grande transformação que está a ocorrer na sociedade e a necessidade de a comunicar adequadamente.

25 de Setembro de 2022 às 12:20
Alexandra Abreu Loureiro | Comunicação de Sustentabilidade | PNS 20-30
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O mundo está a braços com uma grande transformação, em prol da sustentabilidade, com impacto em todas as esferas da sociedade. "Não podíamos imaginar que nos iríamos encontrar, como decisores e líderes de negócios e empresas, na situação em que nos encontramos hoje. O panorama mudou radicalmente", refere Alexandra Abreu Loureiro, Head of Portugal do Brunswick Group. "Temos de nos deparar com novos desafios, forças e fraquezas que vão transformar aquilo que são os nossos hábitos, sejam eles de consumo, sejam eles de management, sejam eles de decisão, porque de facto nunca um CEO teve tantos desafios à frente", acrescenta.

Por isso, comunicar aquilo que se está a fazer em prol da sustentabilidade é vital para qualquer organização, nos dias de hoje, não só para enquadrar o seu posicionamento num mundo em transformação, mas também para contribuir para sensibilizar para a causa da sustentabilidade. Porém, "não basta comunicar, é preciso ser aquilo que se comunica", destaca a também presidente do júri da categoria "Comunicação de Sustentabilidade" do Prémio Nacional de Sustentabilidade. Só desta forma é possível ter "um impacto no dia a dia da liderança, da organização e na forma como as pessoas pensam aquilo que é sujeito a um escrutínio".

Para Alexandra Abreu Loureiro, Portugal tem feito o seu caminho para cumprir os critérios ESG (ambiente, social e governação, na sigla em inglês), destacando que nesta transformação o "E" se refere também a energia e escrutínio; o "S" se refere também a solidariedade e sobriedade; e o "G" também se enquadra em governo. "A mudança não podia ter sido maior a nível europeu e, portanto, também a nível nacional." "Todos estes elementos a nível nacional e europeu fazem com que Portugal tenha caminhado, por um lado, voluntariamente, porque começou por trilhar esse caminho em inúmeros setores, mas também à força. Como todas as outras empresas europeias, encontrou-se no momento em que ou avança e acelera ou fica parado e fica para trás", refere.

A promoção da sustentabilidade é acima de tudo um desafio ao qual todos nós temos de responder. Seja individualmente seja como líder de empresa. Alexandra Abreu Loureiro
Nesta medida, os rankings têm um papel muito importante. Porém, Alexandra Abreu Loureiro assinala que "tem de haver uma harmonização e é para isso que as empresas estão a trabalhar, pois, afinal de contas, o objetivo é o mesmo". Ou seja, "é estar à altura da transição do clima, é estar à altura da transformação do planeta e é saber gerir os recursos que todos nós utilizamos, seja a nível individual ou a nível das empresas".

A responsável mostra-se confiante no país: "Temos feito um caminho significativo relevante e do qual devemos estar orgulhosos." Motivo pelo qual não devem faltar exemplos de boas práticas empresariais.

No âmbito do Prémio Nacional de Sustentabilidade, a maior iniciativa editorial em Portugal que distingue as empresas e as organizações que se destacam pelas suas boas práticas, a presidente do júri da categoria "Comunicação de Sustentabilidade" considera que "este prémio está aberto a qualquer pessoa que queira transformar a sua empresa". "A promoção da sustentabilidade é acima de tudo um desafio ao qual todos nós temos de responder. Seja individualmente seja como líder de empresa."

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