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Andrew Winston: a sustentabilidade compensa

O coautor do “Net Positive: How Courageous Companies Thrive by Giving More than They Take” implica as empresas neste processo rumo à sustentabilidade, dizendo que têm de atuar mais depressa, melhor, com impacto positivo e servindo todos os stakeholders.

03 de Maio de 2023 às 17:30
Andrew Winston foi o keynote do terceiro e último dia da Grande Conferência Negócios Sustentabilidade.
David Cabral Santos
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A reflexão de Andrew Winston, coautor do livro "Net Positive: How Courageous Companies Thrive by Giving More than They Take", levantou a curiosidade: em abril de 2020, o ar das cidades mudou. E em grandes urbes como Los Angeles, Milão e mesmo Nova Deli, (re)conhecidas nas fotografias pelo seu aspeto cinza/amarelo, passaram a ter rasgos de céu azul, onde os contornos dos edifícios eram visíveis a olho nu. "Não estou a dizer que a solução para termos ar limpo e um mundo mais saudável seja fechar a economia global, mas deu-nos uma visão. E penso que, quando falamos em sustentabilidade, perdemo-nos nos detalhes", disse na Grande Conferência Sustentabilidade Negócios 20|30. A verdade é que os desafios que o mundo enfrenta, entre eles as mudanças climáticas e a desigualdade, cresceram exponencialmente e torna-se urgente encontrar as soluções. E as empresas e os negócios não se podem eximir aos desafios. A pergunta central que se faz é "o mundo está melhor porque a sua empresa está nele?". "Os princípios fundamentais incluem assumir a propriedade de todos os seus impactos no mundo, procurar valor de longo prazo, responder a várias partes interessadas, adotar parcerias", referiu Andrew Winston.



Negócio net positive

Deste contexto, nasce a mensagem de Andrew Winston de que a velocidade e profundidade que as empresas têm de abraçar para encetar mudanças implica que tenham por objetivo fazer mais depressa, melhor, com impacto positivo e servindo todos os stakeholders. "Um negócio net positive aumenta o bem-estar de todos, impacta e lucra resolvendo os problemas do mundo e, sobretudo, não contribuindo com mais problemas".

Durante a sua apresentação, em que deu vários exemplos de mudanças positivas como a transição energética, a mobilidade elétrica ou muda nova mentalidade coletiva, a principal conclusão do consultor é de que "a sustentabilidade compensa". A partir da questão: "o mundo está melhor porque por causa da sua empresa?", Andrew Winston mapeou as principais perguntas e respostas na consideração de todos os impactos e que passam sobretudo por procurar gerar valor de longo prazo, passar de uma preocupação apenas com a remuneração dos acionistas, que é importante, para uma visão em que todos os stakeholders contam. Andrew Winston citou ainda Larry Fink, CEO da Blackrock, que disse que "o capitalismo dos stakeholders não é sobre política. Não é uma agenda social ou ideológica. Não é ‘woke’. É o capitalismo impulsionado por relacionamentos mutuamente benéficos entre as empresas e os funcionários, clientes, fornecedores e comunidades das quais sua empresa depende para prosperar. Este é o poder do capitalismo".
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