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“A sustentabilidade é um tema novo dentro das empresas”

O presidente do júri da categoria “Transformação Digital em Sustentabilidade”, do Prémio Nacional de Sustentabilidade, considera que Portugal tem ainda um longo caminho a fazer para cumprir as metas da Agenda 2030. As novas tecnologias podem contribuir para encurtar esse caminho.

25 de Setembro de 2022 às 15:00
Bruno Santos | Transformação Digital em Sustentabilidade | PNS 20-30
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A transição digital é uma realidade que faz parte da agenda do Governo e também das empresas em Portugal. Já a necessária transformação para uma operação mais sustentável é algo que tem ainda um longo caminho pela frente, defende Bruno Santos, head of Local and International Business da Capgemini Engineering e presidente do júri da categoria "Transformação Digital em Sustentabilidade", do Prémio Nacional de Sustentabilidade, promovido pelo Jornal de Negócios e que arranca agora para a sua 3ª edição.

"A transição digital tem sido uma das principais bandeiras nos últimos anos, existindo em Portugal já um caminho feito", destaca Bruno Santos. Porém, quando se trata de transição sustentável, este "é um tema novo dentro das empresas", acrescenta.

Há, portanto, uma grande necessidade de dar formação nesta área. "Um dos trabalhos que há a fazer é capacitar as pessoas relativamente a estes novos conceitos de sustentabilidade, formando-as e passando informação sobre o que é que se pretende atingir."

Para o target das 169 metas que existem na Agenda de 2030, Portugal tem cerca de 20 metas cumpridas, portanto, há um trabalho ainda enorme de cumprimento de metas e muito a fazer. Bruno Santos
Além disso, Bruno Santos considera que se deve conjugar a transformação digital com sustentabilidade, sendo que as novas tecnologias podem "resolver alguns problemas antigos". O presidente do júri da categoria "Transformação Digital em Sustentabilidade" destaca que "dentro destas novas tecnologias temos uma panóplia de tecnologias disponíveis que nos permitem chegar a esse objetivo, nomeadamente das áreas de data science, machine learning ou de inteligência artificial".

Para fazer esta combinação, Bruno Santos defende que Portugal precisa agora "de empresas que tragam ideias novas e que ajudem a desenvolver o país de acordo com as metas que temos para 2030". Recorde-se que Portugal, em matéria de ranking de sustentabilidade da Comissão Europeia, se situa abaixo da meia tabela, sendo os países nórdicos os que mais desenvolvimentos têm feito para transformarem as suas sociedades de acordo com os novos critérios de sustentabilidade.

"Para o target das 169 metas que existem na Agenda de 2030, Portugal tem cerca de 20 metas cumpridas, portanto, há um trabalho ainda enorme de cumprimento de metas e muito a fazer", assinala.

Prémio incentiva à transição

O Jornal de Negócios lançou, em 2020, o Prémio Nacional de Sustentabilidade, a maior iniciativa editorial em Portugal que distingue as empresas e as organizações que se destacam pela sua atuação e boas práticas de sustentabilidade a nível ambiental, social e de governação.

As candidaturas para esta terceira edição arrancam agora em setembro e Bruno Santos considera que esta é uma iniciativa que pode ajudar a incentivar à transformação das empresas: "A candidatura das nossas empresas a este tipo de prémios, acima de tudo, ajuda bastante no cumprimento dos objetivos e na divulgação das iniciativas que estão a decorrer em Portugal para execução dos mesmos." Como presidente do júri da categoria "Transformação Digital em Sustentabilidade", espera encontrar candidaturas "que consigam de alguma forma endereçar os vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, através de soluções tecnológicas e digitais inovadoras, que desta forma tragam algum benefício para esses objetivos".

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