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"Se todas pessoas do mundo consumissem como consumimos em Portugal, a partir do dia 13 de maio nós teríamos que acionar um cartão de crédito ambiental. Passaríamos todos a ter que usar recursos para satisfazer necessidades de mobilidade, alimentação e habitação que só devíamos usar a partir do início do próximo ano", disse à agência Lusa a ativista Susana Fonseca.
A especialista em pegada ecológica assinalou que Portugal, "não sendo obviamente o primeiro país do mundo que atinge este limite", está a fazê-lo "muito antes de meados do ano".
"A cada ano que passa temos esta tendência de ter que usar os recursos do ano seguinte cada vez mais cedo", acrescentou, uma vez que no ano passado, por exemplo, o dia da sobrecarga só chegou em 25 de maio.
A Zero indica que "os cálculos têm em conta dados de vários anos, pelo que não espelham de forma clara as implicações da pandemia na pegada ecológica" portuguesa.
Susana Fonseca apontou que as áreas que têm mais peso na pegada ecológica de Portugal são alimentação, responsável por 32 por cento do consumo de recursos, e a mobilidade.
"Não obstante todos os esforços que fazemos pela eficiência energética, pela reciclagem, não estamos a conseguir reduzir a nossa pegada ecológica, estamos é a aumentá-la", lamentou.
Para a Zero, "Portugal tem uma oportunidade única de aproveitar o Programa de Recuperação e Resiliência, a par com fundos de apoio europeus" para fazer transformações nos padrões de consumo.
Susana Fonseca apontou como objetivos a redução do consumo de proteína animal e a aposta numa "alimentação típica mediterrânica, com mais vegetais, leguminosas e mais fruta".
Salientou que o consumo de proteína animal dos portugueses ultrapassa "o recomendado pela própria Direção-Geral da Saúde". De acordo com os dados para Portugal, os cidadãos consomem três vezes mais carne do que se recomenda na roda dos alimentos, metade dos vegetais, um quarto das leguminosas e dois terços da fruta.
Defendeu ainda que a mobilidade sustentável está ao alcance com mais percursos a pé, de transporte público ou de bicicleta e privilegiando os meios de reunião por videoconferência em substituição de tantas viagens de avião.
A Zero recomenda ainda uma mudança da mentalidade "usar e deitar fora" para uma assente no princípio de "ter menos, mas de melhor qualidade".
Para isso, Susana Fonseca salientou que é preciso que os consumidores tenham escolhas sustentáveis que sejam acessíveis, para que deixe de acontecer como agora, em que mais sustentável equivale a mais dispendioso.
A especialista em pegada ecológica assinalou que Portugal, "não sendo obviamente o primeiro país do mundo que atinge este limite", está a fazê-lo "muito antes de meados do ano".
"A cada ano que passa temos esta tendência de ter que usar os recursos do ano seguinte cada vez mais cedo", acrescentou, uma vez que no ano passado, por exemplo, o dia da sobrecarga só chegou em 25 de maio.
A Zero indica que "os cálculos têm em conta dados de vários anos, pelo que não espelham de forma clara as implicações da pandemia na pegada ecológica" portuguesa.
Susana Fonseca apontou que as áreas que têm mais peso na pegada ecológica de Portugal são alimentação, responsável por 32 por cento do consumo de recursos, e a mobilidade.
"Não obstante todos os esforços que fazemos pela eficiência energética, pela reciclagem, não estamos a conseguir reduzir a nossa pegada ecológica, estamos é a aumentá-la", lamentou.
Para a Zero, "Portugal tem uma oportunidade única de aproveitar o Programa de Recuperação e Resiliência, a par com fundos de apoio europeus" para fazer transformações nos padrões de consumo.
Susana Fonseca apontou como objetivos a redução do consumo de proteína animal e a aposta numa "alimentação típica mediterrânica, com mais vegetais, leguminosas e mais fruta".
Salientou que o consumo de proteína animal dos portugueses ultrapassa "o recomendado pela própria Direção-Geral da Saúde". De acordo com os dados para Portugal, os cidadãos consomem três vezes mais carne do que se recomenda na roda dos alimentos, metade dos vegetais, um quarto das leguminosas e dois terços da fruta.
Defendeu ainda que a mobilidade sustentável está ao alcance com mais percursos a pé, de transporte público ou de bicicleta e privilegiando os meios de reunião por videoconferência em substituição de tantas viagens de avião.
A Zero recomenda ainda uma mudança da mentalidade "usar e deitar fora" para uma assente no princípio de "ter menos, mas de melhor qualidade".
Para isso, Susana Fonseca salientou que é preciso que os consumidores tenham escolhas sustentáveis que sejam acessíveis, para que deixe de acontecer como agora, em que mais sustentável equivale a mais dispendioso.