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COP27 lança iniciativas para países africanos investirem na resiliência climática

Ajudar os países em vias de desenvolvimento a combaterem as alterações climáticas é um dos principais objetivos da Conferência do Clima das Nações Unidas, que está a decorrer no Egipto.

10 de Novembro de 2022 às 12:19
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A Comissão Económica das Nações Unidas para África e a presidência egípcia da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) anunciaram a iniciativa "Reduzir o custo dos empréstimos verdes e sustentáveis" nos países vulneráveis às alterações climáticas.

A iniciativa visa abordar as grandes questões de deterioração da saúde fiscal sob ameaça de potenciais perdas de produção ligadas a riscos climáticos e custos de recuperação de desastres, bem como os riscos de transição que podem atingir a economia em geral.

Durante o lançamento da iniciativa, nesta quarta-feira, a presidência egípcia da COP27 referiu que "as restrições de liquidez continuam das principais barreiras para permitir aos países africanos investirem na resiliência climática e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esta iniciativa ajudará a construir um financiamento mais profundo, resiliente e sustentável para acelerar a sua recuperação verde através de vários mecanismos".

O enfoque será em títulos verdes e sociais sustentáveis para preencher as lacunas financeiras dos ODS. "Há uma necessidade de ação climática para reduzir a pobreza e promover a prosperidade partilhada de uma forma sustentável. Esta iniciativa irá reforçar a capacidade de os estados africanos contraírem empréstimos a uma taxa acessível, mobilizarem mais financiamento verde e atraírem capital privado", acrescentou a presidência em comunicado.  

Os países africanos podem reduzir os custos dos empréstimos verdes de várias formas, nomeadamente, através do Mecanismo de Liquidez e Sustentabilidade, que procura baixar os custos de empréstimo dos governos através do aumento da procura das suas obrigações soberanas.? Através da harmonização das normas do ESG (ambiental, social e governação, sigla em inglês). Através também de uma proposta de um Centro de Dívida Soberana para a Sustentabilidade (SSDH), que procura estabelecer um centro de dívida soberana sustentável destinado a facilitar a emissão de dívida soberana alinhada com o clima e a natureza. Através de garantias dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, etc.

Recorde-se que, no capítulo do financiamento climático, existem ainda muitas lacunas a serem ultrapassadas, nomeadamente no cumprimento de entrega de 100 mil milhões de dólares anuais que deveria ser feito pelos países desenvolvidos, para apoiar os países em vias de desenvolvimento no combate às alterações climáticas. 

 

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