Opinião
Nem só de ETF vive a gestão de activos
Escolher os investimentos certeiros para garantir retornos é o grande desafio. E tal só é possível com a gestão activa. E a Invesco sabe disso.
Muito se fala da necessidade de as gestoras de fundos ajustarem a sua estratégia, face à popularidade crescente dos fundos de índice, os ETF. Estes produtos de investimento têm vindo a roubar negócio aos fundos de gestão activa e muitas gestoras especializadas na gestão de activos viram-se forçadas a lançar unidades de ETF ou a comprar outras entidades especializadas e com quota de mercado nos fundos passivos, como aconteceu com a BlackRock e a compra da iShares. Ainda que o momento de maior incerteza nos mercados seja mais propício à gestão activa, a maioria dos especialistas da indústria reconhece que o investimento em ETF e fundos activos tenderá a cruzar-se no futuro. Mas ninguém duvida de que gestão activa e passiva terão de coexistir. Daí que a Invesco, especializada em ETF, tenha decidido comprar a OppenheimerFunds, uma gestora com experiência na escolha de acções e obrigações. Com os mercados financeiros a entrarem numa fase mais madura do ciclo de ganhos, espera-se que a volatilidade seja um elemento quase constante na negociação. Escolher os investimentos certeiros para garantir retornos é o grande desafio. E tal só é possível com a gestão activa. E a Invesco sabe disso.
Jornalista