Opinião
ETF são o maior risco para o "bull market"
Tarifas, taxas de juro, Brexit. Nada abala aquele que é já o maior "bull market" da história dos EUA. Mas uma correcção é inevitável. A questão é quando e se ainda há potencial para ganhos no mercado accionista norte-americano.
E, tendo em conta a opinião da maioria dos especialistas, as acções ainda têm margem para maiores valorizações. O problema é quando os investidores começarem a sair. Não se sabe ao certo o que poderá espoletar uma inversão da tendência, mas o forte investimento através de fundos passivos poderá acelerar um "crash" nas bolsas.
Michael Horan, responsável pela negociação de serviços financeiros da BNY Mellon, avisa que, dada a forte exposição a ETF, devido aos baixos custos que cobram e à simplicidade de negociação, isto pode constituir um risco para os mercados "O desafio é que se houver um choque - e toda a gente sente que há algum tipo de choque que vai ocorrer - vender essas posições em ETF e particularmente em obrigações, se houver uma precipitação para a porta, para a saída, vai ser muito difícil para o mercado aguentar o peso de todas essas vendas", explicou Horan à CNBC.
Jornalista