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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt 24 de Novembro de 2017 às 09:35

No Brasil, sonha-se com as presidenciais. E contam-se os presos

Falta um ano para as presidenciais no Brasil. E há muitas movimentações. E mais presos nas diferentes investigações sobre corrupção.


A descrição do Globo sobre algumas delas é deliciosa: "Não vai faltar assunto: exatamente às 8h desta quinta-feira, quando as grades das nove celas forem abertas para o banho de sol, o mais poderoso grupo que controlou a política fluminense por duas últimas décadas estará no apertado corredor da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Até às 18h, quando os presos são recolhidos de volta às celas, a conversa vai ser longa. Estarão lado a lado os ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho inimigos políticos declarados; o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani; e os deputados Edson Albertassi e Paulo Melo. Também está preso em Benfica o ex-secretário de Saúde, Sérgio Cortes, figura muito lembrada nos últimos anos por Garotinho nas suas denúncias em redes sociais". Tudo preso.

Enquanto isso discutem-se presidenciais. No El País/Brasil, Juan Arias fala sobre o "segredo de Lula": "O segredo da imortalidade política de Lula talvez resida em ser tão bom psicólogo como político. Sua sensibilidade para conhecer os ângulos mais obscuros e as fraquezas dos outros não é fruto de estudos acadêmicos. É um dom dele, desde que se destacou como jovem líder sindicalista." Entretanto Lula da Silva, sobre a erupção de Luciano Huck, um apresentador de televisão, nas sondagens, diz: "Tudo o que quero é disputar com alguém (Huck) com o logótipo da Globo na testa." Já, na Isto É, Carlos José Marques escreve: "O quadro sucessório brasileiro, a um ano da eleição, apresenta sinais de esquizofrenia latente por obra e força das circunstâncias. Do ambiente de degradação econômica, ainda predominante, ao vendaval de mazelas políticas, passando pela falta de melhores opções disponíveis, tudo é motivo para o flerte com alternativas radicais. Seja à esquerda, através do populista encalacrado Lula, ou à direita, com as aberrações ideológicas de Bolsonaro."


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