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Celso Filipe - Diretor-adjunto cfilipe@negocios.pt 30 de Novembro de 2017 às 09:56

Costa visto de diferentes perspectivas

Manuel Carvalho, no Público, e Viriato Soromenho-Marques, no Diário de Notícias, oferecem dois olhares diferente sobre este Governo.


O primeiro, a propósito da deslocalização do Infarmed para o Porto, escreve: "O Governo de António Costa é sem dúvida o Governo que nas últimas décadas mais se preocupou em olhar a sério para o país como um todo. Viu o que não podia deixar de ver: que um país com uma cabeça gigantesca e um corpo anémico não funciona."

O segundo fala do desafio do Governo que é o de acertar no buraco da agulha. "Além dos sinais de fadiga e desacerto do primeiro-ministro, o Governo Costa sofre de um problema matricial que, dois anos depois, se agravou ainda mais. Depende de forças externas e internas que não controla, umas e outras em rota de colisão. Na Zona Euro, o Governo tem de navegar como um leme amarrado ao colete-de-forças do Tratado Orçamental (TO), onde cada sucesso anuncia uma provação maior no ano seguinte"

Eduardo Oliveira Silva, no jornal i, a propósito da polémica taxa sobre as energias renováveis, onde o PS deu o dito por não dito, traça um futuro sombrio para este Governo. "Na política, quando se entra em plano inclinado, é um mau sinal: em regra é irreversível. Mesmo que a inclinação tenha um grau pequeno ao princípio, ela não permite voltar ao ponto de partida. Claro que há quedas abruptas, como as que sucederam há anos a Santana Lopes ou a Sócrates, e há deslizes graduais que se vão acelerando com o tempo por mais que as alianças formais se mantenham, como é manifestamente actual."

David Dinis, no Público, antecipa um novo ciclo. "Lido o episódio das renováveis, o que quer dizer é que a geringonça não é renovável. O Bloco sabe-o bem, o PCP também - pelo que os dois próximos anos prometem ser animados."



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