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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt 20 de Novembro de 2017 às 09:36

As trocas e baldrocas do Brexit. E a opinião de Lloyd Blankfein

O Brexit não é consensual, mesmo no Partido Conservador britânico. As negociações com a UE prometem ser demoradas.


Entretanto documentos secretos das negociações foram revelados e neles se percebe que ao Reino Unido só foi oferecido um acordo comercial básico semelhante ao que foi feito com o Canadá. Para causar mais embaraço, Lloyd Blankfein, o líder do Goldman Sachs, pediu um segundo referendo sobre o Brexit. Algo que os liberais-democratas britânicos andam a pedir. Os conservadores são contra e não se percebe muito bem qual é a opinião do Labour. No Twitter, Blankfein sugeriu que há demasiadas coisas em jogo e que, assim, era importante saber se há um "consenso" para a saída da UE: "Estou relutante em dizê-lo, mas muitos desejam um voto de confirmação para uma decisão tão monumental e irreversível. Com tanto em jogo, porque não ter a certeza de que ainda há um consenso?" Palavras fortes.

No Daily Telegraph, Fraser Nelson escreve por sua vez: "É fácil entrarmos em pânico pelo futuro da Grã-Bretanha se olharmos demasiado tempo para a Câmara dos Comuns. Os nossos deputados estão a agitar-se. Muitos deles votaram contra o Brexit, mas foram-lhes dadas novas ordens de marcha no passado ano e estão a tentar perceber o que vai acontecer. Este jornal revelou recentemente que pelo menos 15 deputados tories estão prontos a desafiar o Governo por causa do Brexit. É como se os membros do Governo conseguissem um acordo sobre qualquer coisa. Tudo isto é motivo de gozo em Bruxelas: como negociar com um parceiro destes?"

Em Berlim, o secretário do Brexit britânico, David Davis, pediu para os negociadores não bloquearem um acordo, colocando a política à frente da prosperidade. Disse: "O Reino Unido está mais perto do que o Canadá e é maior do que a Noruega." Mais: "Somos o mesmo país que sempre fomos. Com os mesmos valores e princípios que sempre tivemos. Um país em que os nossos parceiros podem confiar. Pôr a política acima da prosperidade nunca é uma escolha inteligente." Promete.



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