Opinião
As trocas e baldrocas do Brexit. E a opinião de Lloyd Blankfein
O Brexit não é consensual, mesmo no Partido Conservador britânico. As negociações com a UE prometem ser demoradas.
Entretanto documentos secretos das negociações foram revelados e neles se percebe que ao Reino Unido só foi oferecido um acordo comercial básico semelhante ao que foi feito com o Canadá. Para causar mais embaraço, Lloyd Blankfein, o líder do Goldman Sachs, pediu um segundo referendo sobre o Brexit. Algo que os liberais-democratas britânicos andam a pedir. Os conservadores são contra e não se percebe muito bem qual é a opinião do Labour. No Twitter, Blankfein sugeriu que há demasiadas coisas em jogo e que, assim, era importante saber se há um "consenso" para a saída da UE: "Estou relutante em dizê-lo, mas muitos desejam um voto de confirmação para uma decisão tão monumental e irreversível. Com tanto em jogo, porque não ter a certeza de que ainda há um consenso?" Palavras fortes.
Em Berlim, o secretário do Brexit britânico, David Davis, pediu para os negociadores não bloquearem um acordo, colocando a política à frente da prosperidade. Disse: "O Reino Unido está mais perto do que o Canadá e é maior do que a Noruega." Mais: "Somos o mesmo país que sempre fomos. Com os mesmos valores e princípios que sempre tivemos. Um país em que os nossos parceiros podem confiar. Pôr a política acima da prosperidade nunca é uma escolha inteligente." Promete.
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