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08 de Junho de 2011 às 11:14

O que fazer com a banda larga ultra-rápida? Tudo!

O que significam para si 100Mbps (Megabits por segundo)?

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O que significam para si 100Mbps (Megabits por segundo)? Na verdade, uma ligação a 100Mbps - uma velocidade cerca de 20 vezes superior à média disponibilizada pela banda larga na maioria dos países europeus, permite descarregar um álbum musical completo em apenas 5 segundos, um programa de televisão em 30 segundos e um filme em alta definição em apenas sete minutos. Segundo os últimos dados publicados pela Comissão Europeia, só 0.5% do número total dos actuais utilizadores de internet na Europa têm o privilégio de acesso a esta velocidade.

Mas a banda larga ultra-rápida sobre fibre to the home (FTTH) é mais, muito mais do que simplesmente aumentar a velocidade de tudo. Já todos sabemos que com a banda larga a única evolução é para mais; mais velocidade, mais rapidez, mais largura, mais… Sabemos também que a fibra óptica é o único meio de transmissão capaz de suportar o aumento da procura.

Historicamente a procura de largura de banda tem vindo a aumentar de ano para ano, movida por computadores mais rápidos, monitores de alta resolução, e pela tendência para se fazerem cada vez mais downloads de imagens e vídeos. Na verdade, o aumento da largura de banda é tão previsível que até o guru da internet Jakob Nielsen concebeu uma lei para a Internet de Banda Larga, segundo a qual as exigências de aumento da largura de banda duplicam de ano para ano. Ainda que este facto possa parecer um grande progresso, a verdade é que se manteve constante desde 1983 (data em que esta lei foi proposta) até aos nossos dias. Quase três décadas!

O FTTH Council Europe é frequentemente confrontado com questões do tipo: porque é que alguém necessita da largura de banda disponibilizada pela fiber to the home? Quais os exemplos de serviços que beneficiem de todas as funcionalidades da fiber to the home? Quais são os serviços cujo funcionamento dela depende?

Na verdade já estão disponíveis aplicações que precisam das ligações de fibra óptica até casa do utilizador (FTTH). Porém, são inúmeros os casos de desenvolvimento de aplicações que se confrontam com restrições ao seu pleno potencial porque, simplesmente, as redes sobre as quais irão correr ainda não são suficientemente rápidas para as suportarem. É um caso clássico do ovo e da galinha…

Enumero apenas alguns exemplos: em Fevereiro de 2010, a Strato, uma empresa de serviços de Web hosting, lançou uma aplicação de armazenamento remoto online chamada HiDrive, com 100 GB de capacidade, por 4,90 Euros por mês. Em Dezembro do mesmo ano, a mesma empresa lançou um serviço semelhante no Reino Unido, com 500 GB de capacidade, por 22 Euros por mês. Mas porque a maioria dos utilizadores de internet do Reino Unido ainda dispõe de ligações DSL bastante lentas, a Strato teve que incluir neste serviço o envio de um DVD por correio.

Aplicações com benefícios evidentes para Governos e Autoridades Locais, tais como o e-learning e a e-saúde, também estão actualmente disponíveis, mas sofrem de constrangimentos constantes que advêm da limitação da capacidade das redes para as suportarem. Por exemplo, a start up francesa Link Care Services fornece serviços de monitorização por vídeo para pacientes com doenças cognitivas como o Alzheimer e outras. No entanto, todos os seus clientes recorrem a ligações DSL, e a empresa vê-se limitada pelas restrições que este tipo de rede lhe impõe, permitindo apenas o upload em simultâneo de dois vídeos, de fraca qualidade, entre a casa do paciente e o centro de controlo. Esta é uma área em que a fiber to the home faz toda a diferença, já que garante uma capacidade de upload capaz de monitorizar todas as divisões da casa do paciente em simultâneo e em tempo real.

Também na área da saúde, a PT Inovação, o braço armado de I&D da Portugal Telecom, desenvolveu um sistema que permite aos profissionais de saúde cooperarem entre si nos processos de diagnóstico, recorrendo à vídeo-conferência, à partilha de dados e a outras ferramentas colaborativas online, através de uma ligação em fibra óptica. A largura de banda oferecida pela fibra óptica é decisiva para o sucesso de uma consulta médica à distância. É imprescindível que os médicos possam ter total confiança nas imagens reais a que estão a ter acesso, de outro modo podem fazer-se diagnósticos incorrectos com impactos devastadores na saúde e nas vidas dos pacientes.

O E-learning está a tornar-se cada vez mais banal, mas pode ser uma experiência muito superior nas ligações de banda larga. A empresa francesa Erdenet fornece cursos de formação baseados na internet a estudantes que os podem seguir ao seu próprio ritmo, através de suportes de vídeo interactivo e ferramentas colaborativas online. Se os utilizadores dispuserem de uma ligação comum em DSL, dificilmente terão acesso à rica e variada oferta de conteúdos multimédia neste âmbito – vídeo, som e mapas. Os utilizadores só podem beneficiar verdadeiramente da riqueza deste tipo de conteúdos com uma ligação e um acesso em fibra óptica.

São muitos e variados os tipos de serviços que podem ser disponibilizados em fibra óptica. Alguns serviços de próxima geração estarão sempre disponíveis, activos e a correr em segundo plano, enquanto o utilizador acede a outras tarefas. A família moderna é, por definição, uma família conectada. O que significa que várias pessoas do mesmo agregado, na mesma casa, acedem em simultâneo à Internet. Se a isto acrescentarmos a prestação de serviços públicos nas áreas de e-saúde e de ensino a distância, é fácil compreendermos, como irão aumentar as necessidades de consumo a nível da largura de banda. Pelo que, quando nos interrogamos sobre o tipo de serviços que irão ser disponibilizados através da rede, a resposta é muito simples: Todos!



Sobre o FTTH Council Europe
O FTTH Council Europe é uma organização do sector das telecomunicações constituída por mais de 150 empresas líderes do sector em todo o mundo, que tem por missão acelerar a disponibilidade do acesso rápido às redes de fibra óptica por parte dos consumidores e das empresas. O Council está apostado na promoção desta nova tecnologia que disponibiliza um inovador e alargado leque de serviços, que contribuem para melhorar substancialmente a qualidade de vida das populações e, ao mesmo tempo, aumentam o nível de competitividade dos mercados. www.ftthcouncil.eu




Media Contact:
Nadia Babaali
Communications Director
FTTH Council Europe
+33 (0) 6 20 88 72 38
nadia.babaali@ftthcouncil.eu


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