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Num contexto negativo para os mercados, há que procurar estratégias para tentar minimizar as perdas. Uma delas passa por procurar os dividendos mais atractivos. Não são, necessariamente, os mais elevados, mas aqueles que lhe permitem obter o retorno mais elevado face ao investimento. E há várias boas propostas, tanto em Portugal como na Europa.
A "caça ao dividendo" já é uma estratégia antiga. Mas continua a ser bastante utilizada pelos investidores, especialmente em tempos de crise, como o actual. O abrandamento da economia, a nível global, vai, inevitavelmente, reduzir os resultados obtidos pelas empresas. E o mercado tenderá a repercutir essa quebra no valor das cotadas, pressionando as acções.
Mas, se algumas vão ter de diminuir a "fatia" que entregam aos accionistas fruto da descida dos lucros, a maioria vai, no mínimo, manter a remuneração. É, pelo menos, isso que se tem verificado nos últimos anos. E é nesta base, que a "caça" se torna mais aliciante. Mas cuidado, um dividendo não se mede pelo número de algarismos à esquerda da vírgula.
Se quer garantir que está a "comprar" as melhores remunerações, tem de olhar para o retorno do investimento que está a fazer. Ou seja, tem de ter em conta quanto irá gastar face ao que irá receber, o chamado "dividend yield". Quanto mais alto melhor. E há várias empresas que lhe permitem, no mínimo, suavizar eventuais perdas que possa ter com a exposição aos mercados accionistas.
Na Europa, destacam-se empresas como a ENI ou a Telefónica. Em Lisboa, ninguém bate a Portugal Telecom. A operadora tem, actualmente, o dividendo mais atractivo entre as cotadas que compõem o PSI-20, gerando um retorno de 12,2%. Mas mais do que isso, a empresa liderada por Zeinal Bava dá-lhe a garantia de que a remuneração não vai desaparecer.
Há um plano definido para a "fatia" dos lucros que será distribuída. Os dividendos vão continuar a aumentar. E o melhor de tudo é que ao comprar agora as acções, que lhe permitem ter direito à remuneração, está a garantir um retorno elevado para os próximos anos. Se as acções subirem, ganhará também com a valorização da empresa. Se caírem, à partida conseguirá atenuar as perdas.
À partida, porque vários especialistas têm alertado para a elevada volatilidade que existe no mercado. O risco do investimento continua a existir (faz parte do investimento nas acções), isto porque as fortes variações podem rapidamente "engolir" o retorno esperado com o investimento.
Empresas que lhe garantem remunerações mais atractivas
Mediaset
12,5%
Dividendo de 0,35 euros da mpresa de media italiana oferece retorno de mais de 12%.
A Mediaset tem sido fortemente penalizada no mercado accionista. Desde o início de 2011 acumula uma desvalorização de quase 40%, o que fez disparar o retorno da remuneração accionista. O dividendo de 0,35 euros que será pago pela companhia italiana de media gera uma rendibilidade de 12,5%, face à cotação actual.
Portugal Telecom
12,2%
Operadora portuguesa tem um dos dividendos mais atractivos e a promessa de os aumentar.
O encaixe com a venda da Vivo levou a PT a avançar com uma remuneração extraordinária aos seus accionistas. Ao mesmo tempo, a empresa delineou um plano para aumentar (entre 3% e 5%) o valor dividendos. Face ao que será pago em 2012, tendo em conta a cotação actual, o "dividend yield" da operadora é de mais de 12%
Telefónica
9,6%
Dona da Vivo paga, anualmente, mais de 1,50 euros por acção em dividendos.
A operadora espanhola, que passou a controlar a Vivo (após a compra de parte da empresa è Portugal Telecom), é bastante generosa para com os seus accionistas. Tem vindo a elevar o valor da remuneração dos investidores que atingiu os 1,52 euros. Face à cotação actual, o retorno deste dividendo aproxima-se dos 10%.
Vivendi
8,5%
Empresa francesa tem uma das remunerações mais atractivas. Dividendo rende 8,5%.
A queda de cerca de 16% acumulada em 2011, deixou a empresa de telecomunicações francesa a negociar a desconto. Ao mesmo tempo, fez disparar a rendibilidade oferecida pela remuneração accionista. O dividendo de cerca de 1,45 euros por acção gera, aos preços de mercado actuais, um retorno de mais de 8%.
ENI
6,2%
Petrolífera italiana, accionista da Galp Energia, dá retorno de mais de 6% com dividendos.
Entre as companhias petrolíferas europeias, a ENI é uma das mais atractivas. A remuneração accionista de pouco mais de um euro oferece aos investidores um retorno elevado, tendo em conta o valor das acções. O "dividend yield" apresentado pela companhia liderada por Paolo Scaroni supera, actualmente, a fasquia dos 6%.
Melhores fundos para ganhar com dividendos
O fundo do ING é o melhor, entre os que procuram ganhar com a elevada remuneração oferecida pelos dividendos de cotadas como a Microsoft, a AT&T e também a eléctrica E.ON. O retorno a um ano é positivo, mas apenas em 1%. A três anos, a rendibilidade dispara para mais de 8%.
O fundo do JPMorgan está exposto, maioritariamente, a empresas britânicas. Mais de 46% do montante sob gestão está aplicado em cotadas do Reino Unido, ainda que entre as maiores apostas estejam as suíças Nestlé e a Novartis. Se o retorno a um ano é negativo, a três gera um ganho de 13,5%.
A aposta nos dividendos de empresas europeias, como o HSBC, a Novartis ou a Roche, não está a permitir ao fundo do ING apresentar um retorno positivo, no curto prazo. Num período mais longo, o investimento está a gerar ganhos para os investidores, protegendo-os das quedas dos mercados europeus.
ENI e Total são as maiores apostas do fundo da Henderson Horizon. O investimento nos dividendos das empresas petrolíferas europeias não têm gerado um retorno positivo, nos últimos 12 meses. Mas num período mais longo, a três anos, a rendibilidade oferecida é elevada. Chega aos dois dígitos.
Royal Dutch Shell e BP são as maiores apostas do fundo de investimento da Parvest. Apesar do elevado retorno oferecido pela remuneração accionista destas empresas, o saldo a um ano deste veículo é negativo. Apresenta uma perda de 4,4%, mas num prazo mais longo a rendibilidade ascende a mais de 6%.
O que é um dividendo?
O dividendo corresponde à "fatia" dos lucros obtidos pelas empresas que é partilhada com os accionistas. As cotada definem uma percentagem dos resultados que vão distribuir, dividindo-a pelo número de acções representativas do seu capital, apresentando assim o dividendo por acção.
O que é a data de ex-dividendo?
É o dia a partir do qual os títulos de determinada cotada descontam o valor da remuneração accionista. Nesse dia, que ocorre três dias úteis antes da data de pagamento, será removido o valor do dividendo à cotação da empresa, para depois ser entregue aos investidores. Quem quiser auferir essa remuneração tem que ter acções dessa mesma empresa em carteira no dia anterior à entrada em ex-dividendo.
O que é o "dividend yield"?
"Dividend yield" significa retorno do dividendo. É através deste que é possível identificar as remunerações mais atractivas, sendo o retorno calculado com base no valor do investimento (cotação dos títulos) que tem de ser feito para o receber. Quanto mais elevado for o "dividend yield", melhor. E este pode ser alto mesmo que o valor do dividendo seja baixo. Por exemplo, uma empresa que pague um dividendo de 0,05 euros, sendo que cada acção vale um euros, oferece um retorno de 5%. Se a remuneração fosse de 0,50 euros, e as acções custassem 15 euros, o "dividend yield" seria de apenas 3,33%.
A "caça ao dividendo" já é uma estratégia antiga. Mas continua a ser bastante utilizada pelos investidores, especialmente em tempos de crise, como o actual. O abrandamento da economia, a nível global, vai, inevitavelmente, reduzir os resultados obtidos pelas empresas. E o mercado tenderá a repercutir essa quebra no valor das cotadas, pressionando as acções.
Mas, se algumas vão ter de diminuir a "fatia" que entregam aos accionistas fruto da descida dos lucros, a maioria vai, no mínimo, manter a remuneração. É, pelo menos, isso que se tem verificado nos últimos anos. E é nesta base, que a "caça" se torna mais aliciante. Mas cuidado, um dividendo não se mede pelo número de algarismos à esquerda da vírgula.
Se quer garantir que está a "comprar" as melhores remunerações, tem de olhar para o retorno do investimento que está a fazer. Ou seja, tem de ter em conta quanto irá gastar face ao que irá receber, o chamado "dividend yield". Quanto mais alto melhor. E há várias empresas que lhe permitem, no mínimo, suavizar eventuais perdas que possa ter com a exposição aos mercados accionistas.
Na Europa, destacam-se empresas como a ENI ou a Telefónica. Em Lisboa, ninguém bate a Portugal Telecom. A operadora tem, actualmente, o dividendo mais atractivo entre as cotadas que compõem o PSI-20, gerando um retorno de 12,2%. Mas mais do que isso, a empresa liderada por Zeinal Bava dá-lhe a garantia de que a remuneração não vai desaparecer.
Há um plano definido para a "fatia" dos lucros que será distribuída. Os dividendos vão continuar a aumentar. E o melhor de tudo é que ao comprar agora as acções, que lhe permitem ter direito à remuneração, está a garantir um retorno elevado para os próximos anos. Se as acções subirem, ganhará também com a valorização da empresa. Se caírem, à partida conseguirá atenuar as perdas.
À partida, porque vários especialistas têm alertado para a elevada volatilidade que existe no mercado. O risco do investimento continua a existir (faz parte do investimento nas acções), isto porque as fortes variações podem rapidamente "engolir" o retorno esperado com o investimento.
Empresas que lhe garantem remunerações mais atractivas
Mediaset
12,5%
Dividendo de 0,35 euros da mpresa de media italiana oferece retorno de mais de 12%.
A Mediaset tem sido fortemente penalizada no mercado accionista. Desde o início de 2011 acumula uma desvalorização de quase 40%, o que fez disparar o retorno da remuneração accionista. O dividendo de 0,35 euros que será pago pela companhia italiana de media gera uma rendibilidade de 12,5%, face à cotação actual.
Portugal Telecom
12,2%
Operadora portuguesa tem um dos dividendos mais atractivos e a promessa de os aumentar.
O encaixe com a venda da Vivo levou a PT a avançar com uma remuneração extraordinária aos seus accionistas. Ao mesmo tempo, a empresa delineou um plano para aumentar (entre 3% e 5%) o valor dividendos. Face ao que será pago em 2012, tendo em conta a cotação actual, o "dividend yield" da operadora é de mais de 12%
Telefónica
9,6%
Dona da Vivo paga, anualmente, mais de 1,50 euros por acção em dividendos.
A operadora espanhola, que passou a controlar a Vivo (após a compra de parte da empresa è Portugal Telecom), é bastante generosa para com os seus accionistas. Tem vindo a elevar o valor da remuneração dos investidores que atingiu os 1,52 euros. Face à cotação actual, o retorno deste dividendo aproxima-se dos 10%.
Vivendi
8,5%
Empresa francesa tem uma das remunerações mais atractivas. Dividendo rende 8,5%.
A queda de cerca de 16% acumulada em 2011, deixou a empresa de telecomunicações francesa a negociar a desconto. Ao mesmo tempo, fez disparar a rendibilidade oferecida pela remuneração accionista. O dividendo de cerca de 1,45 euros por acção gera, aos preços de mercado actuais, um retorno de mais de 8%.
ENI
6,2%
Petrolífera italiana, accionista da Galp Energia, dá retorno de mais de 6% com dividendos.
Entre as companhias petrolíferas europeias, a ENI é uma das mais atractivas. A remuneração accionista de pouco mais de um euro oferece aos investidores um retorno elevado, tendo em conta o valor das acções. O "dividend yield" apresentado pela companhia liderada por Paolo Scaroni supera, actualmente, a fasquia dos 6%.
Melhores fundos para ganhar com dividendos
O fundo do ING é o melhor, entre os que procuram ganhar com a elevada remuneração oferecida pelos dividendos de cotadas como a Microsoft, a AT&T e também a eléctrica E.ON. O retorno a um ano é positivo, mas apenas em 1%. A três anos, a rendibilidade dispara para mais de 8%.
O fundo do JPMorgan está exposto, maioritariamente, a empresas britânicas. Mais de 46% do montante sob gestão está aplicado em cotadas do Reino Unido, ainda que entre as maiores apostas estejam as suíças Nestlé e a Novartis. Se o retorno a um ano é negativo, a três gera um ganho de 13,5%.
A aposta nos dividendos de empresas europeias, como o HSBC, a Novartis ou a Roche, não está a permitir ao fundo do ING apresentar um retorno positivo, no curto prazo. Num período mais longo, o investimento está a gerar ganhos para os investidores, protegendo-os das quedas dos mercados europeus.
ENI e Total são as maiores apostas do fundo da Henderson Horizon. O investimento nos dividendos das empresas petrolíferas europeias não têm gerado um retorno positivo, nos últimos 12 meses. Mas num período mais longo, a três anos, a rendibilidade oferecida é elevada. Chega aos dois dígitos.
Royal Dutch Shell e BP são as maiores apostas do fundo de investimento da Parvest. Apesar do elevado retorno oferecido pela remuneração accionista destas empresas, o saldo a um ano deste veículo é negativo. Apresenta uma perda de 4,4%, mas num prazo mais longo a rendibilidade ascende a mais de 6%.
O que é um dividendo?
O dividendo corresponde à "fatia" dos lucros obtidos pelas empresas que é partilhada com os accionistas. As cotada definem uma percentagem dos resultados que vão distribuir, dividindo-a pelo número de acções representativas do seu capital, apresentando assim o dividendo por acção.
O que é a data de ex-dividendo?
É o dia a partir do qual os títulos de determinada cotada descontam o valor da remuneração accionista. Nesse dia, que ocorre três dias úteis antes da data de pagamento, será removido o valor do dividendo à cotação da empresa, para depois ser entregue aos investidores. Quem quiser auferir essa remuneração tem que ter acções dessa mesma empresa em carteira no dia anterior à entrada em ex-dividendo.
O que é o "dividend yield"?
"Dividend yield" significa retorno do dividendo. É através deste que é possível identificar as remunerações mais atractivas, sendo o retorno calculado com base no valor do investimento (cotação dos títulos) que tem de ser feito para o receber. Quanto mais elevado for o "dividend yield", melhor. E este pode ser alto mesmo que o valor do dividendo seja baixo. Por exemplo, uma empresa que pague um dividendo de 0,05 euros, sendo que cada acção vale um euros, oferece um retorno de 5%. Se a remuneração fosse de 0,50 euros, e as acções custassem 15 euros, o "dividend yield" seria de apenas 3,33%.