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Como fazer uma carteira de fundos de investimento?

Para investir, só precisa de tempo e dinheiro. Quanto mais tempo tiver para o seu pé-de-meia, mais deve investir em acções. Mas, se quer apostar neste mercado e assegurar uma boa diversificação, escolha os fundos de investimento. Saiba porquê.

31 de Outubro de 2010 às 09:00
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A eleição de fundos de investimento na formação de um portefólio é uma questão de tempo. Embora o perfil do investidor seja fundamental, o prazo do aforro é basilar na selecção dos melhores activos.

Diz a teoria financeira, corroborada pelos estudos práticos mais profundos, que, quanto mais tempo se tem para amealhar, mais se pode e deve arriscar. A partir deste conceito, os especialistas da gestora de fundos norte-americana T. Rowe Price desenharam quatro carteiras-modelo de acordo com o quatro prazos-objectivo.

Fiel ao princípio da teoria financeira, se pretende investir a mais de 15 anos (o que pode ser para a reforma ou para a educação dos filhos, por exemplo), deve aplicar a totalidade do portefólio no mercado accionista. A probabilidade de perder em acções através de um fundo de investimento é mínima, dizem os especialistas.

No longo prazo, a probabilidade de se perder dinheiro nos fundos de investimento é mínima, dizem os especialistas.
Mesmo em prazos mais curtos, os fundos de acções podem figurar na carteira, embora o peso deva diminuir à medida que o prazo encurta. Numa aplicação de cinco a dez anos, por exemplo, a exposição a acções não deve ultrapassar os 60 por cento do portefólio.

As carteiras traçadas pela T. Rowe Price são apenas indicativas. Isso quer dizer que, se for um aforrador conservador, é naturalmente que opte por ter uma percentagem em acções muito inferior, preferindo a segurança dos fundos de curto prazo e a estabilidade dos fundos de obrigações. No inverso, se for um investir agressivo poderá incrementar a posição no mercado accionista, mas não se esqueça que o dinheiro e a responsabilidade são sempre seus.

Os investidores que tiverem dificuldade em nomear os melhores fundos para a sua carteira dentro das três principais categorias (acções, obrigações, curto prazo) podem valer-se do sistema de recomendações da Morningstar, uma companhia de avaliação de fundos. Assim, se tiver conta nos três maiores bancos, pode constituir o seu portefólio com os fundos de acções Caixagest Acções EUA, Millennium Acções Portugal e Espírito Santo Acções Europa, com os fundos de obrigações Espírito Santo Obrigações Europa e Espírito Santo Obrigações Global e os fundos de curto prazo Millennium Extra Tesouraria e Millennium Extra Tesouraria II.

Prefira fundos portugueses
Embora o mercado português esteja aberto a milhares de fundos estrangeiros, há vantagens fiscais em investir nos fundos portugueses. Apesar das mexidas recentes na tributação de mais-valias e outros ganhos financeiros, os fundos nacionais permaneceram com fortes benefícios.

Muitas vezes, a taxa efectiva de impostos é verdadeiramente irrisória. O BPI Reestruturações, um dos maiores e mais recomendados fundos de acções, obteve um resultado líquido de quase 20 milhões de euros em 2009. Contudo, a tributação apenas ficou com 4,17 por cento desse valor.

Os investidores devem, assim, privilegiar a selecção de fundos geridos em território nacional. Nas principais áreas da indústria de gestão de activos, a oferta não falta: há três centenas de fundos mobiliários, imobiliários e especiais de investimento disponíveis aos aforradores portugueses, mostram as estatísticas da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Apenas em temas muito específicos - acções da Indonésia e obrigações da Escandinávia, por exemplo - é que os investidores terão de se socorrer junto das sociedades gestoras internacionais.












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