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"O IoT [Internet das Coisas em português], na minha opinião, enquanto apaixonado pela tecnologia, é das melhores coisas que nos podia ter acontecido. É quase um filme de ficção científica a tornar-se real. Finalmente, o ser humano conseguiu juntar o mundo físico ao mundo digital. E é isto que o IoT, a Indústria 4.0 e todas essas tendências, nos estão a trazer", afirmou Francisco Nina Rente, CEO da Dognaedis, uma empresa que presta serviços de protecção de dados e cibersegurança e que no ano passado foi adquirida pela Prosegur.
A grande questão, prosseguiu o especialista, é que a "junção destes dois mundos" pode ser sinónimo de que as ameaças atravessam as fronteiras de cada uma destas realidades, gerando novos desafios de segurança. "Se calhar, muitas das vezes, o risco que existe no mundo físico pode ser explorado por meios digitais e o risco que existe, ou as ameaças que existem no mundo digital, podem ter impacto no mundo físico", alertou.
Com a Indústria 4.0, as empresas podem tirar partido da digitalização crescente da economia e melhorar a cadeia de valor dos produtos, o que pode gerar mais valor acrescentado. A Internet das Coisas permite que vários dispositivos do dia-a-dia estejam ligados à internet e é uma das ferramentas usada no âmbito desta quarta revolução industrial.
"O paradigma da Indústria 4.0 leva todos os desafios a uma escala diferente. A parte da Big Data é uma componente crucial. A parte de Inteligência Artificial ou de Machine Learning é outra componente crucial para atingirmos este objectivo e tão afamado da Indústria 4.0. Mas todos estes componentes que formam este ciclo, na óptica da segurança, representam mais desafios", referiu o responsável.
A multiplicidade de dispositivos ligados, algo que é permitido com o IoT, gera desafios ao nível da "segurança, que, por razões técnicas, não conseguimos resolver". "No mundo da Big Data há outros desafios. Se estamos a falar na agregação de informação para tornar a nossa capacidade de decisão mais ágil, também estamos a falar de possíveis violações de privacidade", acrescentou.
Francisco Nina Rente considera assim que "todas as tecnologias que olham para o Big Data como uma ferramenta do seu negócio, e que, hoje em dia, têm uma perspectiva tão simples como: vamos recolher tudo e depois logo se vê e, o que não precisarmos, deitamos fora" está a ir contra as normas do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) .
Para o especialista não há dúvidas: a segurança, nesta nova era da quarta revolução industrial e do advento destas novas tecnologias, deve ser encarada "quase como o árbitro do jogo". Isto "no sentido em que não está ali para mandar, para controlar, mas para garantir que o jogo vai correr fluidamente sem problemas".
Saúde, uma área a olhar com atenção
Os dados da área da saúde são extremamente sensíveis e privados na medida em que contêm toda a informação relativa a uma pessoa. Daí que, defendeu o líder da empresa de cibersegurança, é necessário que existam garantias que esses mesmos dados estão em segurança e que não são usados para interferir com a vida de uma pessoa. "A segurança é a directriz que garante que toda e qualquer tecnologia faz aquilo que é suposto fazer e nada mais", afirmou.
A grande questão, prosseguiu o especialista, é que a "junção destes dois mundos" pode ser sinónimo de que as ameaças atravessam as fronteiras de cada uma destas realidades, gerando novos desafios de segurança. "Se calhar, muitas das vezes, o risco que existe no mundo físico pode ser explorado por meios digitais e o risco que existe, ou as ameaças que existem no mundo digital, podem ter impacto no mundo físico", alertou.
4.0
Indústria
Este conceito engloba as principais inovações tecnológicas, aplicando-as nos processos de produção. Uma quarta revolução industrial.
Com a Indústria 4.0, as empresas podem tirar partido da digitalização crescente da economia e melhorar a cadeia de valor dos produtos, o que pode gerar mais valor acrescentado. A Internet das Coisas permite que vários dispositivos do dia-a-dia estejam ligados à internet e é uma das ferramentas usada no âmbito desta quarta revolução industrial.
"O paradigma da Indústria 4.0 leva todos os desafios a uma escala diferente. A parte da Big Data é uma componente crucial. A parte de Inteligência Artificial ou de Machine Learning é outra componente crucial para atingirmos este objectivo e tão afamado da Indústria 4.0. Mas todos estes componentes que formam este ciclo, na óptica da segurança, representam mais desafios", referiu o responsável.
A multiplicidade de dispositivos ligados, algo que é permitido com o IoT, gera desafios ao nível da "segurança, que, por razões técnicas, não conseguimos resolver". "No mundo da Big Data há outros desafios. Se estamos a falar na agregação de informação para tornar a nossa capacidade de decisão mais ágil, também estamos a falar de possíveis violações de privacidade", acrescentou.
Se calhar, muitas das vezes, o risco que existe no mundo físico pode ser explorado por meios digitais e o risco que existe, ou as ameaças que existem no mundo digital, podem ter impacto no mundo físico.
Devemos ver a segurança, na minha opinião, quase como o árbitro do jogo no sentido em que não está ali para mandar, para controlar, mas para garantir que o jogo vai correr fluidamente sem problemas. Francisco Nina Rente
CEO Dognaedis
Devemos ver a segurança, na minha opinião, quase como o árbitro do jogo no sentido em que não está ali para mandar, para controlar, mas para garantir que o jogo vai correr fluidamente sem problemas. Francisco Nina Rente
CEO Dognaedis
Francisco Nina Rente considera assim que "todas as tecnologias que olham para o Big Data como uma ferramenta do seu negócio, e que, hoje em dia, têm uma perspectiva tão simples como: vamos recolher tudo e depois logo se vê e, o que não precisarmos, deitamos fora" está a ir contra as normas do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) .
Para o especialista não há dúvidas: a segurança, nesta nova era da quarta revolução industrial e do advento destas novas tecnologias, deve ser encarada "quase como o árbitro do jogo". Isto "no sentido em que não está ali para mandar, para controlar, mas para garantir que o jogo vai correr fluidamente sem problemas".
Saúde, uma área a olhar com atenção
Os dados da área da saúde são extremamente sensíveis e privados na medida em que contêm toda a informação relativa a uma pessoa. Daí que, defendeu o líder da empresa de cibersegurança, é necessário que existam garantias que esses mesmos dados estão em segurança e que não são usados para interferir com a vida de uma pessoa. "A segurança é a directriz que garante que toda e qualquer tecnologia faz aquilo que é suposto fazer e nada mais", afirmou.