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Mobilidade: Na mobilidade o "mix" é cada vez mais a tendência

Com a digitalização da economia, a mobilidade é um dos campos que está também em mudança. O caminho parece indicar que a mobilidade vai deixar de fazer com recurso apenas a um módulo.

06 de Julho de 2017 às 11:54
Vladimiro Feliz, da Ceiia, considera que cada vez menos se irá escolher apenas um módulo de transporte. Pedro Catarino
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A área da mobilidade não fica indiferente às novas tendências de digitalização da economia. Actualmente, neste domínio, há tendências fortes e que geram consenso entre os principais actores, defendeu Vladimiro Feliz, Head of Smart Cities e CIO da Ceiia, centro de engenharia e desenvolvimento do produto que se dedica à implementação de produtos inovadores em áreas como a mobilidade). A alteração para um "mix de mobilidade" é uma dessas tendências.

"Cada vez menos, vamos olhar para um único módulo de mobilidade como um meio de nos transportar de A para B. Vou, cada vez mais, olhar para o meio mais confortável, mais barato, mais rápido e que produza menos emissões de CO2", contou. O responsável acredita que, no âmbito deste "mix de mobilidade", não "estará longe o momento em que compro créditos de mobilidade que vou consumindo em função do meu perfil de uso". Ou seja, utilização dos meios que mais vantagens proporcionam em determinado momento, indo ao encontro a necessidades específicas daquele momento.

A própria indústria automóvel enfrenta transformações, fruto desta mudança de paradigma, e procura adequar-se as estas alterações. Nos próximos anos, o segmento dos veículos eléctricos vai crescer e terá um papel preponderante na indústria automóvel. Ainda neste sector, o futuro passará por olhar para a restante indústria como um parceiro de negócio. O sector automóvel vai "ter de estar focado na inovação tecnológica para desenvolver os seus veículos". "Mas vai ter de encontrar parceiros nomeadamente na área da tecnologia digital, na área das operações de mobilidade, porque, cada vez mais, ao olharmos para a mobilidade como um serviço, isso vai obrigar a que a indústria se reinvente e que encontre novas formas de se posicionar no mercado".

Vladimiro Feliz falou ainda da criação de uma Zona Livre Tecnológica em território nacional, uma medida que está presente no Startup Portugal, estratégia nacional de apoio ao empreendedorismo, e que visa criar regulação para que sectores inovadores possam realizar testes aos seus produtos. "A criação de uma Zona Livre Tecnológica em Portugal será um passo interessante para testar estas soluções e toda a questão da conectividade e da digitalização".


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